Ensinar, por Espíritos Diversos
Parentes Enfermos
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Como tratarei os parentes enfermos?
Pergunta muitas vezes repetida e analisada.
De nossa parte, responderemos aos amigos que no-la endereçam, segundo o critério
da imortalidade.
Ainda mais.
Esclareceremos que irmãos enfermos não são unicamente aqueles que a radiografia
revela ou que a experiência médica registra.
Além das moléstias que se manifestam no corpo físico, temos ainda aquelas outras
que se entranham na alma, por enquanto arredadas da patologia comum.
Se consegues, assim, perceber os sofrimentos daqueles que se te vinculam à
existência, conserva-os contigo, tanto quanto puderes.
Quanto mais pesem no orçamento de tempo e possibilidades a que te prendas, mais
necessitados se mostram de proteção e segurança.
Em muitas ocasiões, talvez possas situa-los em recintos pagos, com o beneplácito
da tua bolsa.
Entretanto, embora te reverenciemos os impulsos de generosidade, não vacilamos
em reformular o apelo à tua misericórdia para que os mantenhas no calor da
própria ternura.
São eles filhos imobilizados no leito, a te pedirem socorro;
Ascendentes que se fizeram valetudinários e te rogam assistência, enquanto
aguardam a cirurgia da morte;
Companheiros encarcerados em moléstias difícies ou irmãos outros em transes
graves da vida orgânica;
Além deles encontramos ainda os doentes mentais, supostamente sadios, aqueles
que passaram a evidenciar comportamento infeliz;
Os caídos em experiências amargas no campo afetivo;
Os desmemoriados diante das obrigações que assumiram e os que carregam obsessões
ocultas que lhes desfiguram a imagem.
Diante dos parentes enfermos, se te reconheces com saúde e equilíbrio, a fim de
observá-los, compadece-te deles e guarda-os no clima da própria presença, quanto
isso se faça possível.
Todos eles são a continuidade de nossos débitos ou prolongamentos de nossa
própria ternura.
Recordemos que a morte é somente mudança, que nos reencontraremos todos, agora
ou no futuro, e doemos àqueles corações que nos cercam todo o amor que esperam
de nós ou que nos solicitam, a fim de se complementarem na evolução a realizar
ou no trabalho a fazer.
Abençoa hoje os que amanhã te abençoarão.
Por: Emmanuel, Do livro: Caminhos de Volta. Médium: Francisco Cândido Xavier
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