
Médiuns Enganadores, por Orson Carrara
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"Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e
aborrecerás ao teu inimigo. Eu porém vos digo: Amai aos vossos inimigos e orai
pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos
Céus, porque Ele faz nascer o seu Sol sobre os bons e sobre os maus, e vir suas
chuvas sobre os justos e injustos. Porque, se amardes aos que vos amam,
que recompensa tendes? Não fazem os publicanos o mesmo? E se saudardes somente
aos vossos irmãos, que fazeis de especial? Não fazem os gentios também o
mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como o vosso Pai celestial é perfeito".
(Mateus, V, 43-48. )
"Mas os fariseus, sabendo que Jesus fizera calar os saduceus, reuniram-se;
e um deles, doutor da lei, para o experimentar, fez-lhe esta pergunta: Mestre,
qual é o grande mandamento da lei? "Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo semelhante a
este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos resumem
toda a lei e os profetas".
(Mateus, XXII, 34-40. )
A religião dos homens não é a religião de Deus. A religião dos homens se
resume nos sacramentos: batismo, confissão, crisma, matrimônio, missas,
extrema-unção, procissões, festas, dias-santos.
A religião de Deus é caridade, misericórdia, paz, paciência, tolerância,
perdão, amor a Deus, amor ao próximo.
A religião dos homens é misericórdia sujeita ao numerário.
A religião de Deus está isenta do dinheiro do mundo.
A religião dos homens circunscreve a razão e o sentimento, prescrevendo a
ignorância; não admite a evolução.
A religião de Deus reclama o estudo e proclama o progresso.
A religião dos homens consiste em dogmas e mistérios que a consciência repele
e o sentimento repudia.
A religião de Deus derruba as barreiras do sobrenatural e afirma que nunca
disse, nem dirá a última palavra, porque é de evolução permanente.
A religião dos homens escraviza as almas, escraviza a inteligência, anula a
razão, condena a análise, a investigação, o livre-exame.
A religião de Deus manda ao indivíduo, como Paulo, examinar tudo, crescer em
todo o conhecimento, fazer o estudo crítico do que lhe for apresentado para
separar o bom do mau e não ter tropeço no "dia do Cristo".
A religião dos homens não tem espírito: para ela o Evangelho é letra-morta,
não tem a palavra de Jesus; seus santos são de pau e barro; suas virtudes, de
incenso e alfazema; suas obras são folguedos, festanças com alarido de sinos,
de foguetes, de fanfarra; seus ornamentos, de fitas e papéis de cores.
A religião de Deus é vivificada pelo Espírito da vida eterna, é acionada
pelas Revelações sucessivas, baseia-se na palavra de Jesus, nos Evangelhos,
nas Epístolas Apostólicas. Seus santos são espíritos vivos, puros, ou que se
estão purificando e que vêm comunicar-se com os homens na Terra, para guiá-los
à verdade; suas virtudes são as curas dos enfermos operadas por esses Espíritos,
as manifestações de materializações, de transportes, de fotografia, que vem
dar a certeza da imortalidade e
estabelecer a verdadeira fé.
A religião dos homens é a aflição, o desespero, a morte; ao doente ela só
oferece a confissão auricular; ao agonizante a extrema-unção e depois da
morte o De-Profundis com as subseqüentes missas, que constituem um gravame
eterno para a família do morto.
A religião de Deus é a consolação, a esperança, a vida: ao doente dá remédios,
fluidos divinos para lenir o sofrimento; ao agonizante desvenda o reino da
imortalidade e afirma o prosseguimento da vida independente da vida na Terra; dá
de graça a misericórdia, cerca o paciente de amor e a todos recomenda a oração
gratuita como meio de auxiliar os que sofrem.
A religião dos homens é composta de uma hierarquia que começa no pequeno cura
de aldeia para se elevar através das dignidades de cônego, monsenhor, bispo,
arcebispo, cardeal, ao caporal maior, o Sumo Pontífice Infalível, o
Papa; cada qual se distingue pela tonsura, vestimenta, rubis, pedrarias de
esmeraldas, brilhantes, diamantes e roupagens de seda, de púrpura, de holanda:
obrigando o hábito a fazer o monge.
A religião de Deus é ministrada pelo Espírito, por intermédio dos dons
espirituais de que fala o grande apóstolo da luz em sua gloriosa Epístola,
hoje de divulgação mundial; ela não distingue o religioso, o cristão, pelo hábito,
pela opa, pela batina, pelos anéis, pela coroa, pela mantilha, pelos rosários,
pelas medalhas, pelas cruzes, porque qualquer tartufo ou "tartufa"
pode usar essas insígnias; mas reconhece o cristão, o religioso pelo caráter,
pelo critério, pela fé que dele emana, pela caridade que o
caracteriza, pela esperança não fingida que manifesta.
A religião dos homens persegue, anatematiza, odeia e calunia os que são
descrentes.
A religião de Deus perdoa, ora, auxilia, serve e ampara seus próprios
perseguidores, detratores, caluniadores e adversários.
A religião dos homens se ilumina à luz do azeite, da cera, da eletricidade.
A religião de Deus é a luz do Mundo e de todo o Universo. A religião dos
homens é insípida, corruptível; usa o sal material.
A religião de Deus é o sal da Terra: conserva, transforma, purifica.
A religião dos homens tem igrejas de pedra, de terra, de cal, de ferro, de
madeira.
A religião de Deus tem por igreja, como disse o apóstolo, almas, Espíritos
vivificantes.
As igrejas dos homens são de matéria inerte, caem ao embate dos ventos, das
tempestades, das correntezas.
Contra a Igreja de Deus os elementos não prevalecem; ela é imperecível e se
nos mostra cada vez mais viva, mais luminosa.
A religião dos homens é a opressão, o orgulho, o egoísmo, a mercancia.
A religião de Deus é a da liberdade, da humildade, do amor, do desinteresse. A
religião dos homens não é a religião de Deus: a religião dos homens é a
dos homens e para os homens.
A religião de Deus é a luz universal que proclama a verdade, o caminho e a
vida, repetindo a palavra do incomparável sábio e santo, Jesus o Cristo: Amai
os vossos inimigos; orai pelos que vos caluniam; que a vossa justiça seja maior
que a dos escribas e fariseus; amai a Deus e ao próximo, porque neste amor se
fundam a lei e os profetas; sede perfeitos como perfeito é o
vosso Pai celestial!
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