
Vida e Palavra, por Maria Dolores
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Com muita propriedade escreveu o Espírito Irmão José (Carlos Bacelli), no
livro De Ânimo Forte, edição da Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier,
exatamente no capítulo 57 – Não Acredites:
Não acredites que, na vida de Além-Túmulo, facearás problemas menos complexos do
que aqueles que, na atualidade, te martirizam.
E acrescenta com sabedoria, já na sequência: “A morte, a rigor, é a vida sem o
corpo de carne que reveste.”
O texto é pequeno, de poucos parágrafos, aliás característica do citado livro de
182 páginas e 80 capítulos – que é de bolso –, mas de muito conteúdo que faz
refletir num dos pilares da Doutrina Espírita: somos imortais. Esse fato, por si
só, já indica continuidade das lutas, com tão bem expresso num dos parágrafos
que considero magistral:
“As dificuldades contigo haverão de prosseguir contigo, onde estejas, até que te
decidas a equacioná-las.”
Notem os amigos que parágrafo extraordinário, esperando iniciativa, decisão,
firmeza no enfrentamento de nós mesmos, onde está verdadeiramente a causa das
dificuldades, mesmo que elas venham de fora. Sim, porque quando os reveses que
nos atingem, independente de nossa vontade, igualmente podemos usar a serenidade
(onde se incluem tantas outras virtudes) para busca de uma solução viável que
extermine ou atenue o conflito.
E aí a conclusão lógica advinda dos fundamentos doutrinários: “Quem se transfere
de domicílio, de um hemisfério a outro, não deixa de ser quem é e não soluciona
as questões fundamentais da própria existência”. Desdobramento direto do
atributo que nos é próprio: imortalidade.
Como bem sabemos, não existem milagres, a natureza não dá saltos. Tudo é
desdobramento natural da própria vida, conforme nos situamos. E, ao mesmo tempo,
somos convidados a prosseguir progredindo, meta do espírito imortal. Portanto,
continuamos a ser o que somos, com a solicitação permanente de melhorar.
Então, ilusão achar que morrer é livrar-se de problemas e dificuldades. Apenas
nos situaremos em outra dimensão, com alargamento de visão, sem a prisão do
corpo, mas com a mesma necessidade de sanar em nós os desajustes, conflitos, de
resolver pendências próprias ou com outros, inseridos que estamos todos nesse
gigantesco processo de aprendizado.
Como citei, a mensagem é bem curta, mas preciosa. Aliás, o livro é um primor.
Conclui o Espírito autor: “Hás de deixar o corpo e aportar a este Outro Lado,
onde a vida te espera em maior plenitude de consciência e responsabilidade, na
mesma situação em que escolheste viver intimamente.”
Notemos o detalhe: “a vida te espera em maior plenitude de consciência e
responsabilidade.”
Paremos para pensar no que cabe na expressão “maior plenitude...”
Não ouso acrescentar mais nada.
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