
Na Oração, por Emmanuel
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Irmãos, continuemos hoje em nosso comentário acerca do bom ânimo. Não me
creiam separado de vocês por virtudes que não possuo. A palavra fácil e bem
posta é, muita vez, dever espinhoso em nossa boca, constrangendo-nos à reflexão
e à disciplina.
Também sou aqui um companheiro à espera da volta. A prisão redentora da carne
acena-nos ao regresso. É que o propósito da vida trabalha em nós e conosco,
através de todos os meios, para guiar-nos à perfeição. Cerceando-lhe os
impulsos, agimos em sentido contrário à Lei, criando aflição e sofrimento em nós
mesmos. No plano físico, muitos de nós supúnhamos que a morte seria ponto final
aos nossos problemas, enquanto outros muitos se acreditavam privilegiados da
Infinita Bondade, por haverem abraçado atitudes de superfície, nos templos
religiosos. A viagem do sepulcro, no entanto, ensinou-nos uma lição grande e
nova – a de que nos achamos indissoluvelmente ligados às nossas próprias obras.
Nossos atos tecem asas de libertação ou algemas de cativeiro, para a nossa
vitória ou nossa perda. A ninguém devemos o destino senão a nós próprios.
Entretanto, se é verdade que nos vemos hoje sob as ruínas de nossas realizações
deploráveis, não estamos sem esperança. Se a sabedoria de nosso Pai Celeste não
prescinde da justiça para evidenciar-se, essa mesma justiça não se revela sem
amor. Se somos vítimas de nós mesmos, somos igualmente beneficiários da
Tolerância Divina, que nos descerra os santuários da vida para que saibamos
expiar e solver, restaurar e ressarcir.
Na retaguarda, aniquilávamos o tempo, instilando nos outros sentimentos e
pensamentos que não desejávamos para nós, quando não estabelecíamos pela
crueldade e pelo orgulho vasta sementeira de ódio e perseguição. Com semelhantes
atitudes, porém, levantamos em nosso prejuízo a desarmonia e o sofrimento, que
nos sitiam a existência, quais inexoráveis fantasmas. O pretérito fala em nós
com gritos de credor exigente, amontoando sobre as nossas cabeças os frutos
amargos da plantação que fizemos... Daí, os desajustes e enfermidades que nos
assaltam a mente, desarticulando-nos os veículos de manifestação. Admitíamos que
a transição do sepulcro fosse lavagem miraculosa, liberando nos o Espírito, mas
ressuscitamos no corpo sutil de agora com os males que alimentamos em nosso ser.
Nossas ligações com a retaguarda, por essa razão, continuam vivas.
Laços de afetividade mal dirigida e cadeias de aversão aprisionam-nos, ainda, a
companheiros encarnados e desencarnados, muitos deles em desequilíbrios mais
graves e constringentes que os nossos. Nutrindo propósitos de regeneração e
melhoria, somos hoje criaturas despertando entre o Inferno e a Terra, que se
afinam tão entranhadamente um com o outro, como nós e nossos feitos. Achamo-nos
imbuídos do sonho de renovação e paz, aspirando à imersão na Vida Superior,
entretanto, quem poderia adquirir respeitabilidade sem quitar-se com a Lei?
Ninguém avança para a frente sem pagar as dívidas que contraiu. Como trilhar o
caminho dos anjos, de pés amarrados ao carreiro dos homens, que nos acusam as
faltas, compelindo-nos a memória ao mergulho nas sombras?!...
Trecho do livro, capítulo Comentários do Instrutor, por Druso.
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