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O ceticismo religioso dominava as massas desarvoradas, encontrando-se a apenas em reduzidos grupos de perseverantes Espíritos fiéis às leis mosaicas.

Israel estorcegava-se sob governos arbitrários e perversos, chegando ao cúmulo de ser comandado por insensíveis mandatários não judeus.

As lutas políticas incessantes e os interesses inconfessáveis, que lutavam em contínuas desavenças, contribuíam para aumentar a miséria social e o desrespeito ao poder.

A submissão aos dirigentes do país facultava a dissolução dos costumes, os quais, embora o Templo em Jerusalém e as sinagogas espalhadas pelo território não atraíssem o povo, estavam reservados aos privilegiados que desfrutavam das ambições sórdidas e se empenhavam em dominar com avidez.

Não havia fidelidade ao Deus Único, que parecia distante.

A Sua voz estava silenciosa fazia mais de quatro séculos, o que permitia os transtornos morais e conveniências desastrosas em toda parte.

Bem poucos israelitas aguardavam que se cumprissem as promessas ancestrais da chegada do Messias.

Acalentava-se, sem dúvida, que Ele viria, porém, como um vingador terrível e inclemente, concedendo ao Seu povo glórias e poderes transitório, porque somente de natureza bélica e orgulhosa.

Naquele período em particular, Roma assenhoreara-se do mundo conhecido e as suas legiões implacáveis impunham-se vigorosas.

Como resultado de lutas cruéis, o triúnviro Pompeu, por volta do ano 63 a.C., conquistou Jerusalém e mais tarde todo o país, que passou a ser governado no período de Júlio César, que nomeou procuradores para que se responsabilizassem pela Palestina, seguido por Antônio que nomeou Herodes, como governador da Judeia e da Pereira... Posteriormente, porém, Herodes foi nomeado pelo senado romano rei dos judeus e a dominação se estendeu até o século II d.C.

Herodes, que passará a ser conhecido como O Grande, não era judeu, mas idumeu, governou o país com crueldade, a ponto de ser um consumado homicida quem após matar sacerdotes, pessoas influentes da cidade, alguns dos próprios filhos e a esposa Mariana, que era asmoneana, com o seu temor de uma revolução popular, fez-se temido e odiado.

Em mecanismo de defesa construiu diversos palácios, inclusive, a fortaleza de Massada, em pleno deserto da Judeia.

O seu governo de terror esteve sob o patrocínio do imperador Otaviano, que muito trabalhou pela paz de Roma em toda parte durante a sua governança.

Nada obstante, Herodes prosseguiu com o seu medo patológico de perder o país para outro, instaurando perseguições que não cessaram durante todo o seu reinado.

Caluniando a esposa de praticar adultério, obrigou a genitora a confessar o crime da filha, assim fazendo sob ameaça de também perder a vida...

Foi nesse período de turbulências incessantes e de terror, em que o ser humano valia menos do que um animal de carga, misturando-se com a miséria moral de todo porte, que surgiu a esperança de salvação para a Humanidade.

A dor da plebe e dos agricultores, que deixavam seus campos para procurarem as cidades onde talvez pudessem encontrar pão e paz, fazia que os núcleos humanos nos orbes aumentassem incessantemente e o crime, como desconforto, se tornassem insuportáveis.

Foi nessa paisagem mundana que Jesus nasceu, silencioso como uma estrela que espalha luz e não produz ruído.

Havendo Seus pais elegido uma gruta calcárea onde os pastores das cercanias de Belém de Judá guardavam os seus rebanhos no inverno e nas noites frias, porque na cidade que aguardava o recenseamento não havia lugar, metaforicamente, como ainda hoje não há lugar para Ele pelas vaidades humanas e alucinações do orgulho vão.

A psicosfera do planeta se alterou para um clima de harmonia possível e os seres sublimes desceram à Terra, não mais como conquistadores, e sim, como pensadores, poetas, estatuários, artistas em geral e até pacificadores...

Iniciou-se um particular período na sociedade de Israel, que Ele produziu com as Suas palavras e Seus feitos.

Descendo de Nazaré onde residia com os seus pais, em Cafarnaum convidou os companheiros que participariam da construção do Reino de Deus nos corações humanos.

As Suas palavras doces e candentes iluminavam as sombras da ignorância em toda parte, dando começo à vivência da verdade e dos sentimentos nobres destruído anteriormente pela insânia que dominava o país.

Ele revolucionou a forma da convivência social e instalou o amor como a solução para todos os problemas da Humanidade.

Ninguém que O houvesse igualado. Seus conceitos baseados nas Leis e nos profetas completava-os, oferecendo divino pábulo para a sustentação edificante das vidas.

Seus feitos incomparáveis superaram tudo quanto antes ocorrera e jamais sucederia no prolongamento dos tempos.

Amou até o sacrifício pessoal, oferecendo-se ao martírio como jamais alguém o houvera realizado.

Desprezado, perseguido, infamemente julgado e crucificado, jamais se desdisse e tornou-se o Modelo e o Guia para todos os tempos do futuro.

...E após a morte, retornou em pujança de paz, para que os Seus discípulos, não desanimassem no ministério.

Jesus é insuperável!

O Seu Natal é o momento em que, tomando a forma humana, ensinou-nos a viver conforme os padrões éticos da Imortalidade na qual todos nos encontramos mergulhados.

Aproveita estes dias que precedem aquele em Ele Nasceu entre nós, e celebra-O no ádito do teu coração.

Revive a presença de Jesus na Terra e insculpe as Suas lições na tua conduta, neste momento em que o mundo tem sede de luz e de paz, crescendo em amor tanto quanto já foi conseguido em tecnologia e ciência, passando a possuir as asas da paz, a fim de te alçares ao paraíso onde Ele a todos nos espera.


Por: Joanna de Ângelis, Psicografia de Divaldo Pereira Franco, em 3 de outubro de 2021, na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=705


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