
Vigilância, por André Luiz
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É bem possível que tenhamos ouvido, mais de uma vez, as palavras reforma
íntima.
Quase sempre, o termo nos desperta a ideia de que tudo em nós está errado e
necessita ser reformulado.
Ou de que somos portadores somente de coisas negativas, ruins, que devem ser
modificadas.
Reforma quer dizer retificação, mudança. Mas, também, melhoria, aprimoramento,
dar melhor forma a alguma coisa.
Quando dizemos que faremos uma reforma em nossa casa, não significa que ela está
ruim. Pode simplesmente querer dizer que desejamos melhorá-la, ampliá-la,
torná-la mais confortável.
Assim, a reforma pode compreender uma repintura externa, porque a atual está
começando a descascar ou se encontra desbotada, pelo longo tempo de exposição às
intempéries.
Ou até mesmo porque desejamos alterar a cor, por outra, que conceda melhor
aparência ao imóvel.
Durante uma inspeção para reforma, poderemos descobrir que precisamos substituir
o assoalho de um cômodo, uma parede, um pedaço do teto.
Quem sabe, substituir algumas telhas quebradas, calhas.
Com certeza, haveremos de encontrar na casa, que nos dispomos a reformar, um
cômodo quase ideal, que, ao menos por ora, não demanda nenhum retoque.
É um lugar aconchegante, com boa iluminação, móveis bem dispostos, pintura
excelente. Enfim, ali tudo está bem e não necessitará ser tocado, como dissemos,
não agora.
Assim também é quando falamos em reforma íntima. Analisando as nossas
disposições individuais, a nossa forma de ser, de pensar e agir, vamos descobrir
que temos defeitos, sim. Entretanto, também virtudes.
Os defeitos são aqueles que devemos nos esmerar para nos libertarmos.
Naturalmente, a pouco e pouco.
Exatamente como a reforma de qualquer casa, quer seja por condições financeiras,
quer seja por condições técnicas, não se faz de um dia para o outro.
Tempo, esforço, atenção é o que é exigido para irmos nos liberando de defeitos
pequenos e grandes.
É o ciúme que teima em aparecer, a impaciência que nos faz explodir por quase
nada, o egoísmo falando mais alto.
Como toda reforma tem a ver com uma certa desarrumação, sujeira de caliça,
madeira e pó, quando iniciamos a reforma íntima, por vezes, vamos nos sentir
como se tudo estivesse muito mal.
Parecer-nos-á que só temos defeitos e não os iremos superar nunca.
Paciência conosco! A natureza não dá saltos e vícios de muitos anos necessitarão
de tempo para serem eliminados.
Um dia, com a reforma completada, tudo estará arrumado, bem disposto, no lugar
correto.
E, é claro, nossa alma enfeitada com as flores viçosas, os vasos delicados das
virtudes conquistadas.
Jesus, o Mestre, no intuito de nos incentivar à própria melhoria, lecionou que
quem estivesse no telhado, não descesse para o interior da casa; que quem
estivesse no campo, não retornasse para a cidade.
O convite é no sentido de que, vencidas as etapas, as pequenas deficiências,
abolidos alguns erros, não nos permitamos cometê-los outra vez.
Não nos permitamos retornar a cometer o mesmo equívoco, nem mesmo com a desculpa
Só hoje, Só agora.
Pensemos a respeito e iniciemos nossa reforma íntima.
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