Ensinar, por Espíritos Diversos
Ante a Família Maior
A+ | A- | Imprimir | Ouça a MSG | Ant | Post
Se podes transportar as dificuldades que te afligem num corpo robusto e
razoavelmente nutrido, reflete naqueles nossos irmãos da família maior que a
penúria vergasta.
Diante deles, não permita que considerações de natureza inferior te cerrem as
portas do sentimento.
Se algo possuis para dar, não atrases a obra do bem e nem baseies nas aparências
para sonegar-lhes cooperação.
Aceitemo-los como sendo tutores paternais ou filhos inesquecíveis largados no
mar alto da experiência terrestre e que a maré da provação nos devolve, qual se
fossemos para eles especuladores da violência. Impacientaram-se na expectativa
de um socorro que lhes afigurava impossível e deixaram que a desesperação os
enceguecesse.
Outros se apresentam marcados por hábitos lastimáveis; todavia, não admita
estejam na posição de escravos irresgatáveis do vício. Atravessaram longas
trilhas de sombra, e, desenganados quanto à chegada de alguém que lhes fizesse
luz no caminho, tombaram desprevenidos nos precipícios da margem.
Surpreendemos os que aparecem exteriormente bem-postos e aqueles que dão a idéia
de criaturas destituídas de qualquer noção de higiene, mas não creias, por isso,
vivam acomodados à impostura e ao relaxamento. Um a um, carregam desdita e
enfermidade, tristeza e desilusão.
Não duvidamos de que existam, em alguns raros deles, orgulho e sovinice; no
entanto, isso nunca sucede no tamanho e na extensão da avareza e da vaidade que
se ocultam em nós, os companheiros indicados a estender-lhes as mãos.
Se rogam auxílio, não poderiam ostentar maior credencial de necessidade que a
dor de pedir.
Sobretudo, convém acrescentar que nenhum deles espera possamos resolver-lhes os
todos os problemas cruciais do destino. Solicitam somente essa ou aquela migalha
de amor, à feição do peregrino sedento que suplica um copo d’água para ganhar
energia e seguir adiante.
Esse pede uma frase de bênção, aquele um sorriso de apoio, outro mendiga um
gesto de brandura ou um pedaço de pão...
Abençoa-os e faze, em favor deles, quanto possas, sem te esqueceres de que o
Eterno Amigo nos segue os passos, em divino silêncio, após haver dito a cada um
de nós, na acústica dos séculos:
- “Em verdade, tudo aquilo que fizerdes ao menor dos pequeninos é a mim que o
fizestes.”.
Por: Emmanuel, Do livro: Estude e Viva, Médium: Francisco Cândido Xavier
Leia Também:
Fora da Caridade não há Salvação?: por Alkindar de Oliveira
Caridade no Lar: por Camilo Chaves
Caridade Essencial: por Emmanuel
Caridade Cristã: por Idalina
Caridade, A Meta!: por Joanna de Ângelis
Comentários