Ensinar, por Espíritos Diversos
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Não olvides, cada hora
Na luz de Deus a buscar-te,
Que a nossa grande família
Luta e sofre em toda a parte.
Isolamento e egoísmo
São meros caprichos vãos.
No universo ilimitado
Todos nós somos irmãos.
Respira ao sol da verdade.
Ilusão é sombra e pó.
Ontem, agora e amanhã
São frases de um tempo só.
Qual tronco que se equilibra
Fortemente enraizado,
Nosso presente obedece
À formação do passado.
Não te ensurdeças, portanto,
À voz do bem que te exorta.
Recebe fraternalmente
A dor que te bate à porta.
Mendigos que vês ao longe,
Chorando ao vento escarninho,
Já beberam, quase sempre
Na taça do teu caminho.
Velhos tristes sob a noite,
Em desencanto e doença,
Muitas vezes são credores
De tua afeição imensa.
Crianças ao desabrigo
Em pranto desolador,
Comumente foram rosas
E bênçãos de teu amor.
Amanhã despertarás
Nas luzes do grande além. . .
Consagra-te, desde agora,
Ao campo do eterno bem.
Descerra às chagas da vida
O templo do coração.
Os braços da caridade
São chaves de redenção.
Por: Casimiro Cunha, Do livro: Encontro de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier
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