O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
Aprendendo a Orar
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Um homem ficou muito enfermo e sua filha, preocupada, pediu a
um amigo que fosse conversar com ele.
Ela sabia que o pai precisava muito de orações e como não o via orando, pediu ao
seu amigo que o visitasse e orasse com ele.
Quando o amigo entrou no quarto, encontrou o pobre homem deitado, com a cabeça
apoiada num par de almofadas.
Havia uma cadeira ao lado da cama, fato que levou o visitante a pensar que o
homem estava aguardando a sua chegada.
“Você estava me esperando?” – perguntou.
“Não. Por que?”, respondeu o homem enfermo.
“Sou amigo de sua filha. Ela pediu-me que viesse orar com você. Quando entrei e
vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que soubesse que eu viria
visitá-lo.”
“Ah, sim, a cadeira... Você não se importaria de fechar a porta?”
O visitante se ergueu e fechou a porta. O doente então lhe confidenciou:
“Nunca contei isto para ninguém. Passei toda a minha vida sem ter aprendido a
orar. Quando entrava em alguma igreja e ouvia falarem a respeito da oração, de
como se deve orar e os benefícios que recebemos através dela, não queria saber
de orações.”
As informações entravam por um ouvido e saíam por outro. Eu achava tudo sem
sentido.
Assim sendo, não tinha a mínima idéia de como se deve orar. Então, nunca me
dispus a fazer uma prece.
Alguns anos atrás, quando a doença começou a se manifestar em meu corpo,
conversando com meu melhor amigo, ele me disse:
Amigo, orar é simplesmente ter uma conversa com Jesus e isto eu sugiro que você
não deixe de fazer. Vou lhe ensinar um método bem simples.
Você se senta numa cadeira e coloca outra cadeira vazia na sua frente. Em
seguida, com muita fé, você imagina que Jesus está sentado nela, bem diante de
você. E não pense que isto é loucura, pois ele próprio prometeu que estaria
sempre conosco.
Portanto, você deve falar com ele e escutá-lo, da mesma forma como está fazendo
comigo agora.
Achei aquilo muito interessante. Minha resistência foi sendo vencida e decidi
experimentar. Senti-me meio sem jeito, da primeira vez, mas um grande bem estar
me encheu a alma.
Desde então, tenho conversado com Jesus todos os dias. Tenho sempre muito
cuidado para que a minha filha não me veja, pois tenho medo que se ela souber
que fico falando desta maneira, me interne em uma casa para doentes mentais.”
O visitante sentiu uma grande emoção ao ouvir aquilo. Aquele homem tinha muitas
dificuldades para orar e alguém, de uma maneira bem psicológica, lhe ensinara um
método para vencer a muralha que parecia intransponível.
Juntos, ali mesmo, oraram, e depois o visitante se foi. Dois dias mais tarde, a
filha lhe comunicou que seu pai havia morrido.
E narrou da seguinte forma: “quando eu estava me preparando para sair, ele me
chamou ao seu quarto. Disse que me amava muito e me deu um beijo.”
Quando eu voltei do mercado, uma hora mais tarde, já o encontrei morto. Porém,
há algo de estranho em relação à sua morte. Aparentemente, antes de morrer, ele
chegou perto da cadeira que estava ao lado da cama e recostou a cabeça nela. Foi
assim que eu o encontrei.”
Na oração, o sentimento é tudo. O divino mestre sempre se fez presente ao lado
dos simples e dos necessitados.
Ao nos ensinar uma fórmula para orar, ofereceu-se como intermediário entre Deus
e os homens.
Desta forma, se o seu coração está ferido, se você se sente sozinho, comece hoje
a orar a Jesus.
Por: Momento Espírita, Texto extraido do site http://www.momento.com.br
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