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Conta-se a história de um monge em viagem que, cansado, repousou sob uma árvore. Não tendo travesseiro, arrumou alguns tijolos e neles descansou a cabeça. Algumas mulheres transitavam pelo caminho, indo apanhar água no rio. Vendo o monge em repouso, disseram entre si:
– Esse jovem tornou-se monge e ainda não consegue passar sem um travesseiro; usa tijolos em seu lugar!
Prosseguiram em seu caminho e o monge pensou: “Têm razão de criticar-me.” Pondo de lado os tijolos, descansou a cabeça na terra. Logo depois, as mulheres voltaram e viram que os tijolos haviam sido postos de lado. Então exclamaram com desdém:
– Que belo tipo de monge! Ofendeu-se quando dissemos que usava travesseiros. Veja, agora: pôs fora o travesseiro!
O monge refletiu: “Se uso travesseiro, criticam-me, Se deixo de usá-lo também não lhes agrado. Impossível satisfazê-las. Deixe-me, pois, agradar apenas a Deus”.
Nenhum homem verdadeiramente espiritual age tendo em vista causar boa impressão aos outros ou buscando prestígio para si. Às vezes sente exatamente o oposto, ou seja, se por amor de Deus for preciso ficar contra o mundo inteiro, ele ficará – e ficará sozinho. Ele não se preocupa com que os outros pensam dele.


Por: Swami Prabhavananda, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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