Ensinar, por Espíritos Diversos
Orientação
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Meu amigo.
Se você pretende cooperar no apostolado da revelação, materializando os
benfeitores do Plano Espiritual no caminho dos homens, desmaterialize a própria
vida, para que as suas forças se divinizem, auxiliando com eficiência a obra
redentora do Mais Alto, em benefício da humanidade.
Reajuste os seus hábitos e santifique as suas manifestações de sentimento e
pensamento, adaptando-se, quanto o possível, ao padrão de vida mais alta que o
ministério dessa natureza reclama, em toda parte.
Em assembléias dessa ordem, cada visitante ou assistente irradia as ondas vitais
com cuja intimidade se colocam.
O frasco de perfume esparge o aroma sublime de seu conteúdo.
O vaso de detritos fornecem emanações desagradáveis que lhe correspondem.
Outra não é a situação de cada companheiro da reunião se disponha a receber as
demonstrações sagradas do Plano Superior.
Se você ainda aspira a subida para conviver com a luz, não se negue ao esforço
de abandonar o vale sombras em que o seu coração vem respirando até agora.
Melhore tudo dentro de você, para que tudo melhore ao redor de seus passos.
Lembre-se de que as dificuldades impostas ao nosso roteiro pelos outros, não
devem ser a norma de vida para nós.
É imprescindível a renovação nossa, para acompanhar o vôo deslumbrante dos
espíritos que se renovam e evoluem.
Há pequeninos prazeres que, à maneira dos micróbios violentos ou perseverantes
que nos desintegram o envoltório físico, nos intoxicam a alma e lhe destroem as
mais santas esperança.
Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o
Infinito por clima de progresso e com a Eternidade por meta sublime.
Geramos raios, emitimo-los e recebemo-los, constantemente. Nossas atitudes e
deliberações, costumes e emoções, criam cargas elétricas de variadas expressões.
O uso da carne estabelece raios embrutecentes.
O uso do álcool forma elementos intoxicantes.
O uso do fumo arremessa raios venenosos.
A cólera forma nuvens de princípios destruidores.
A maldade projeta dardos de treva .
O ciúme é uma tempestade interior.
A inveja é atmosfera enregelante.
O egoísmo é casulo de sombra.
A conversação indigna é pasto às entidades viciosas.
A queixa é tradução de ociosidade.
O abuso é sempre inclinação da alma ou queda do sentimento no precipício.
Se você deseja, assim, auxiliar a materialização dos espíritos elevados, traga
aos Mensageiros do Senhor a água viva da paz, a bênção da fraternidade, o
tesouro do entendimento, o concurso da dedicação, o Dom da alegria, a beleza do
otimismo, o calor da fé, a claridade da esperança, a luz da cooperação, a
segurança da pontualidade, os eflúvios do carinho e, sobretudo, a fonte aberta
da claridade que é o Amor Divino, compreendendo, auxiliando esclarecendo e
levantando, em todas as ocasiões.
Sem esses títulos, o seu propósito de colaborar será, talvez curiosidade doentia
ou improdutiva que não rende senão espinhos na lavoura do Pomicultor Celeste.
Lembre-se da finalidade antes do fenômeno, do chamamento do Alto acima das
preocupações puramente terrestres.
A Obra de Jesus pede amor e colaboração, bondade e devotamento.
Se pudermos trazer ao Apostolado do Evangelho semelhantes bens, avancemos,
confiantes e alegres para o trabalho em Cristo, mas, se nosso coração ainda está
paralítico no velho catre da discórdia e do personalismo inferior,
abstenhamo-nos de perturbar a movimentação dos semeadores do Infinito Bem, a fim
de que não nos convertamos em pedras de tropeço na jornada de nossos irmãos para
Deus.
Por: André Luiz, Do livro: Tarefa Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier
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