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Fome de perfeição jungindo ao peito
As aflições e as dívidas que arrasto,
Implorei renascer, jurando vasto
Testemunho de amor, no trilho estreito.

Mas, de retorno à carne, inquieto, aceito
O orgulho por tutor cego e nefasto.
Quero, domina, exijo, gozo e gasto
Os tesouros da vida, sem proveito.

A morte chega e, trágica, desnuda
Minhalma aparvalhada, triste, muda,
Despertando os remorsos que padeço.

E regressando à sombra, a sós comigo,
É a paz de um novo corpo que mendigo,
O berço, a dor, a luta, o recomeço!...


Poeta lírico e prosador, PR foi membro da Academia Brasileira de Letras. Deixou preciosa coleção de versos e contos. Tendo logrado, na posição de «conteur», utilizar-se do «humour» de que Machado de Assis se fizera mestre, mostrou-se influenciado, todavia, pelo autor de Papéis Avulsos. Colaborou em diversos jornais e revistas, e, com assiduidade, na Gazeta de Notícias. Ao desencarnar, exercia o cargo de chefe de seção da Secretaria do Conselho Municipal. (Rio de Janeiro, GB, 19 de Outubro de 1868 – Rio de Janeiro, GB, 27 de Dezembro de 1905.)


Por: Pedro Carlos da Silva Rabelo, Do livro: Antologia dos Imortais, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira


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