Ensinar, por Espíritos Diversos
A Verdade Vos Libertará
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“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João:
8:32).
Fala-se muito em liberdade, cada um formulando o seu próprio conceito em torno
dela, não se preocupando muito com os reflexos que tal conceito possam ter na
coletividade.
Liberdade de consciência, liberdade de expressão, liberdade religiosa, liberdade
política.
Os filhos pretendem se libertar da tutela dos pais, os alunos das influências
dos professores, os moços da ascendência dos mais idosos, a mulher da antiga
sujeição ao homem.
Os Presos anseiam a liberdade, os criminosos querem ficar livres do remorso, os
enfermos da doença, os devedores das dívidas.
As nações subdesenvolvidas buscam libertar-se da hegemonia que sobre elas
exercem as mais desenvolvidas.
Jesus Cristo, no desempenho do teu Messiado na Terra, ensinou um Conceito
diferente de liberdade, conceito esse que apreciável parcela da Humanidade ajuda
está longe de assimilar: a libertação espiritual através do conhecimento da
verdade.
Essa libertação é a mais importante para o homem, pois, implica em livrar-se dos
preconceitos, das superstições, do orgulho, da vaidade, do ódio, da avareza, dó
personalismo, do ciúme, da inveja, da avareza e dos apegos às vãs tradições.
Enquanto não se libertar da tutela dessas viciações, o homem continuará
subjugado por esses monstros estarrecedores, responsáveis pelo resfriamento do
amor na Terra.
Quando o Mestre prescreveu aos homens de sua época que deveriam conhecer a
verdade, para serem por ela libertados, surgiu uma indagação, partida de um dos
presentes: “Somos descendentes de Abraão, e nunca servimos a ninguém, como dizes
tu: sereis livres? Ao que o Senhor replicou: Em verdade, em verdade vos digo que
todo aquele que comete pecado é servo do pecado".
Complementando este ensino o messias afirmou ainda (João, 3:20: 21): "Todo
aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas
obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de
que as suas obras - sejam manifestas porque são feitas em Deus”.
É óbvio, pois, que a prática de qualquer ato mau redunda em submissão. Todo
aquele que comete um 'crime ou um ato prejudicial a seu próximo, torna-se servo
desse erro, e somente o conhecimento da verdade, lhe dará condições para se
libertar, ajustando-se com a lei divina e tornando-se livre.
Os Evangelhos nos propiciam uma demonstração patente de libertação de vários
jugos:
- Maria Madalena, pela sua predisposição em mudar a direção de sua vida, foi
libertada do jugo de uma legião de espíritos obsessores.
- Zaqueu, atormentado pelo remorso do enriquecimento ilícito, foi libertado das
garras da avareza.
- 0 paralítico de Betsaida, após trinta e oito anos de enfermidade, que haviam
mudado o seu modo de pensar, foi libertado daquela terrível enfermidade que
tolhia os seus movimentos.
Paulo de Tarso, instrumento da majestosa manifestação espiritual da Estrada de
Damasco, conseguiu tornar-se o paradigma da mais estrondosa libertação que a
história registra: livrou-se da influência dos dogmas, dos preconceitos, do
fanatismo do falso zelo religioso e do apego às vãs tradições, transmudando-se
no homem novo que jamais tergiversaria com a verdade, não tolerando, dali por
diante, quaisquer deturpações doutrinárias e movimentos paralelos que viessem a
diminuir o impacto das verdades renovadoras trazidas por Jesus Cristo.
Jesus veio trazer as diretrizes e bases para a libertação espiritual do homem,
pois, os sistemas obscurantistas que tem imperado na Terra, desde os tempos
imemoriais, sempre exerceram predomínio sobre as massas, predomínio esse que em
alguns casos atingiu as raias do inconcebível.
Esse estado de coisas foi denunciado pelo próprio Mestre, ao verberar, de
público, a atitude dos doutores da lei: “Ai de vós escribas e fariseus
hipócritas, que contornai a terra e o céu para fazerdes um discípulo, e depois o
tornai mais merecedor da Geena do que vós próprios”.
Tudo isso levou o Messias a proclamar, solenemente: “Conheça a verdade, e a
verdade vos libertará não só do jugo do pecado, conforme asseverou Paulo em sua
Epístola aos Romanos (6:22), mas também como veículo, libertador das atitudes
que levam aos erros e aos transviamentos”.
Ao ser pressionado para que exarasse o seu julgamento sobre a mulher adúltera,
Jesus expressou o único veredicto compatível: "Aquele que estiver sem, pecados,
atire a primeira pedra", o que representou autêntica lição a seus
interpeladores, ensinando-os como se libertarem do jugo da injustiça e das
ordenações aberrantes.
- Indagado sobre a razão pela qual fazia cura em dias de sábado, ensinou a seus
interrogadores que "o Sábado foi feito para o homem, e não o homem para se
tornar subjugado pelo sábado".
Perguntando-lhe "o que é a verdade", Pilatos não mereceu resposta, porque o seu
coração não estava preparado para compreenda-la, pois, alguns minutos mais
tarde, não trepidou em entregar um inocente ao sacrifício na cruz, apenas porque
um dos presentes aventou a tese'>hipótese de não ser ele amigo do imperador se
soltasse aquele homem.
Com este e muitos outros exemplos, o Senhor nos ensinou como travar conhecimento
com a verdade para que, um dia, quando os nossos espíritos estiverem mais aptos
a entender a mensagem imorredoura do Evangelho, possamos ser libertados por ela.
Por: Paulo Alves Godoy, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
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