Ensinar, por Espíritos Diversos
Amparo dos Pais
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Todos os jovens precisam do amparo dos pais, embora na
adolescência, em geral, a rebeldia dos filhos seja inevitável.
Uma tradição de severidade paterna, pautada pelo autoritarismo político e
religioso, deu aos pais o conceito errôneo de que devem sujeitar os filhos - e
particularmente os jovens - aos seus princípios e maneira de ser.
Mas os jovens trazem a sua própria personalidade e o seu próprio roteiro de
vida, e justamente nessa face da adolescência estão firmando o seu eu diante do
mundo.
É conhecido o problema da "crise da adolescência", sobre o qual Maurice Debesse
escreveu um dos seus livros mais belos e profundos.
Mas é em René Hubert, no capítulo sobre a Psicologia da Juventude, de sua
"Pedagogia Geral", que encontramos maior sintonia com os princípios espíritas.
Psicólogos e Pedagogos conhecem bem esse problema que responde pelo chamado
"conflito de gerações".
Emmanuel nos dá a sua chave ao lembrar que cada espírito já traz para a Terra a
sua prova e o seu roteiro de serviço, escolhidos livremente na vida espiritual
segundo as suas necessidades de evolução e aprimoramento.
O amparo dos pais não pode ser dado por meio de imposição e autoritarismo, sob
pena de deixar de ser amparo para se transformar em tirania.
Se o "conflito de gerações" sempre existiu no mundo, agora se mostra mais
violento porque o tempo da tirania está no fim e porque a era de transição em
que vivemos acentua nos jovens os anseios do futuro.
Os pais só poderão ampará-los se tiverem amor suficiente para compreendê-los e
ajudá-los sem exigências.
Está é também uma hora de aprendizado para os pais.
E só o amor verdadeiro pelos filhos pode socorrê-los.
O jovem de hoje é o homem de amanhã.
Os tempos mudam e não podemos querer sujeitá-los ao nosso modelo.
Qualquer coação paterna só poderá afastá-los de casa e da família, lançando-os a
meios e companhias perigosos.
A verdadeira educação é o equilíbrio entre o amor e a compreensão.
A energia paterna e a disciplina filial brotam naturalmente entre essas duas
margens, fluindo como as águas de uma fonte na paisagem da vida.
Por: Irmão Saulo, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
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