Ensinar, por Espíritos Diversos
Auxílio aos Desencarnados
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Considera o coração que te antecedeu na grande viagem da morte, não como a
criatura aniquilada, mas como alguém que continua a viver.
Se ainda ontem, no mundo, em lhe retendo o corpo enfermo ou agonizante,
desfazias-te em carinhosa assistência, hipotecando-lhe solidariedade e ternura,
por que razão lhe infligirás, agora, o nominável suplício do desespero,
atirando-lhe brasas ao coração?
Se a saudade e a distância te flagelam a alma, não te esqueças de que
invisibilidade não quer dizer ausência.
Fortalece-te para o ministério da fé que vence a dúvida e lembra-te de que o
viajor amado te requisita socorro e compreensão.
Por vezes, vagueará nas trevas transitórias do próprio “eu”, entre as paixões
que ainda o subjugam...
Oferece-lhe o clarão silencioso da prece calma e sincera, através da qual as
almas se comunicam, vencendo o espaço além.
Terá deixado problemas na retaguarda, agrilhoando-se a eles, no círculo
desilusões a que se afeiçoa...
Ajuda-o, amparando-lhe as penas e os dissabores, para que siga, valoroso, ao
encontro da Luz Divina.
Em muitas ocasiões, terá legado ao lar pobreza e provação, desalento e
infortúnio...
Alivia-o, envolvendo-lhe os entes amados no clima de tua amizade pura a
exprimir-se em valiosas migalhas de carinho e reconforto.
Em muitas circunstâncias, permanecerá enovelado nas teias do arrependimento
tardio.
Liberta-o, com teu devotamento amigo, auxiliando-o a colocar a bênção do amor
onde, imprevidente, terá situado o espinheiro do ódio.
Recorda que serás amanhã o morto imaginário entre os vivos da Terra e estende a
oração e a bondade, em favor dos que partem antes de ti, para que a bondade e a
oração dos outros estejam contigo, no dia em que te ausentares também.
Por: Emmanuel, Do livro: Intervalos, Médium: Francisco Cândido Xavier
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