Prece dos Obreiros, por José Silvério Horta
A Parábola da Ovelha Perdida
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“Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma
delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que
venha achá-la? Lucas, 15:1 a 10.
Esta parábola trouxe-me a mente a vida de André Luiz e tem muita relação com o
que sabemos sobre esse Espírito, com letra maiúscula. Não sabemos quem é André
Luiz, Isto é, quem foi na Terra em sua última encarnação entre nós...
Por seu progresso atual no plano espiritual, vemos que ele tinha muita bagagem,
muita aquisição de vidas passadas. Também não sabemos que aprisco deixou, quando
de sua última romagem entre nós quando, sob às vistas de seu pastor (guia), essa
ovelha desgarrou-se do rebanho espiritual.
A ovelha desgarra-se do rebanho porque se deixa levar por uma vegetação mais
tenra e pastando aqui e ali, vai se afastando...afastando... e quando vê já se
encontra muito distante das companheiras de rebanho e não mais ouve o chamado do
pastor, nem o balido das companheiras; está perdida, então se apavora e bali
desesperada...
Assim pensamos que acontece com o espírito, quando deixa o aprisco, ou seja, a
colônia em que estava, para se reencarnar. Uma vez na carne se esquece de tudo,
de todos os compromissos! E, como a ovelha, vai se afastando aos poucos de seu
pastor (espírito protetor) e dos amigos encarnados o rebanho e quando menos
percebe está sozinho e perdido no meio da selva humana, envolvido em prazeres
sensuais, mesas lautas, bebidas excitantes, sem ouvir o balido do rebanho, o
chamamento do pastor e se acha, então, completamente emaranhado no cipoal da
vida, nos espinheiros das paixões...Nada o faz despertar, nem mesmo a dor de
suas criações mentais... Fica cego e surdo! E quando chega o lobo faminto e
perseguidor de ovelhas desgarradas e abate a pobrezinha ¾ a morte então o
deserto é triste e pavoroso,cheio de lobos famintos, produtos de suas próprias
criações. Sofrimentos alucinatórios aderem, perde a última esperança e luta
preso nos espinheiros que entreteceu em volta de si mesma; luta como se
estivesse num lodaçal e quanto mais luta mais se agita, mais se afunda...
Até que novamente pela dor e sofrimento, lembra-se que teve um pai um amigo
bondoso e, entre lágrimas de fogo, pede misericórdia; o guardião ou pastor deixa
as noventa e nove ovelhas no aprisco e corre a socorrer a perdida e leva-a nos
ombros.
Não foi isso mesmo o que fez o Ministro Clarêncio, deixando o seu ministério em
“Nosso Lar” para socorrer e levar André Luiz nos braços amigos?
Não houve festa de regosijo pela sua chegada: o que houve foi tratamento,
trabalho, estudo e muita luta, até que um dia, André Luiz voltando a Terra
encontrou outro homem ocupando o seu lugar. O primeiro impulso foi de revolta
por julgar-se traído; depois sentindo a realidade da vida, entrou em prece
pedindo ajuda para o segundo esposo de sua viúva. Aí surgiu a sua redenção e
ele, nimbado de luz, voltou volitando ao “Nosso Lar”, e então sim, foi recebido
com alegria e premiado com o título de Cidadão de “Nosso Lar”.
Irmãos! Abramos os olhos, os ouvidos e principalmente o coração para ouvirmos o
chamamento do nosso pastor o protetor espiritual que nos acompanha; para
ouvirmos os balidos dos nossos companheiros do grupo espiritual encarnado a que
estamos unidos, esquecendo os nossos desencontros, desentendimentos e ofensas
para, assim, unidos vencermos a luta com amor e honestidade e seremos também um
dia recebidos com alegria e festa, como o símbolo da ovelha perdida que foi
achada.
Por: Manoel Cândido e Silva, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
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