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Vigia teu próprio exemplo
Na obra cristã de fato.
Toda fonte de água pura
Faz lobo sair do mato.

Guarda humildade e modéstia
Sem blasonar poderio.
Alta cabeça orgulhosa
- Coração triste e vazio.

Foge a todo pessimismo
Sorrindo ao pior encargo.
Para o gosto corrompido,
O próprio mel surge amargo.

Quanto possível evita
Cair nas teias do engano.
Pela amostra apresentada
Reconhecemos o pano.

Observa o prato cheio,
A refeição tem limite.
Onde governa a razão
Há metragem no apetite.

Não menosprezes ninguém,
Sê liberal na atenção.
Leve fósforo inflamado
Faz arder o quarteirão.

Atende cada problema
De espírito vigilante.
Ninguém consegue assoprar
E sorver no mesmo instante.

Quem critica e fala muito,
De amor e paz morre à mingua
Conserva, na própria boca,
A prisão da própria língua.


Por: Casimiro Cunha, Do livro: Antologia dos Imortais. Médium: Francisco Cândido Xavier


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