
Na Oração, por Emmanuel
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O Espiritismo, nos tempos modernos, é, sem dúvida, a revivescência do
Cristianismo em seus fundamentos mais simples.
Descerrando a cortina densa, postada entre os dois mundos, nos domínios
vibratórios em que a vida se manifesta, mereceu, desde a primeira hora de suas
arregimentações doutrinárias, o interesse da ciência investigadora que procura
escravizá-lo ao gabinete ou ao laboratório, qual se fora mera descoberta de
energias ocultas da natureza, como a da eletricidade, que o homem submete ao seu
bel-prazer, na extensão de vantagens ao comodismo físico..
Interessada no fenômeno, a especulação analisa-lhe os componentes, acreditando
encontrar, no intercâmbio entre as duas esferas, nada mais que respostas a
velhas
questões de filosofia, sem qualquer conseqüência de ordem moral, na experiência
humana.
Erra, todavia, quem se norteia por essas normas, de vez que o Espiritismo,
positivando a sobrevivência além da morte, envolve em si mesmo vasto quadro de
ilações, no campo da ética religiosa, constrangendo o homem a mais largas
reflexões no campo da justiça.
Não cogitamos aqui de dogmática, de apologética ou de qualquer outro ramo das
escolas de fé em seus aspectos sectários.
Não nos reportamos a religiões, mas à Religião, propriamente considerada como
sistema de crescimento da alma para celeste comunhão com o Espírito Divino.
Desdobrando o painel das responsabilidades que a vida nos confere, o novo
movimento de revelação implica abençoado e compulsório desenvolvimento mental.
A permuta com os círculos de ação dos desencarnados compele a criatura a pensar
com mais amplitude, dentro da vida.
Novos aspectos da evolução se lhe descortinam e mais rico material de pensamento
lhe enriquece os celeiros do raciocínio e da observação.
Entretanto, como cada recipiente guarda o conteúdo dessa ou daquela substância,
segundo a conformação e a situação que lhe são próprias, a Doutrina Renovadora,
com os seus benefícios, passa despercebida ou escassamente aproveitada pelos que
se inclinam às discussões sem utilidade, pelos que se demoram no êxtase
improdutivo ou pelos que se arrojam aos despenhadeiros da sombra, companheiros
ainda inaptos para os conhecimentos de ordem superior, trazidos à Terra, não
para a defesa do egoísmo ou da animalidade, mas sim para a espiritualização de
todos os seres.
De que nos valeria a prodigiosa descoberta de Watt, se o vapor não fosse
disciplinado, a benefício da civilização? Que faríamos da eletricidade, sem os
elementos de contenção e transformação que lhe controlam os impulsos?
No Espiritismo fenomênico, somos constantemente defrontados por aluviões de
forças inteligentes, mas nem sempre sublimadas, que nos assediam e nos reclamam.
Aprendemos que a morte é questão de seqüência nos serviços da natureza.
Reconhecemos que a vida estua, ao redor de nossos passos, nos mais variados
graus de evolução.
Daí o impositivo da força disciplinar.
Urge o estabelecimento de recursos para a ordenação justa das manifestações que
dizem respeito à nova ordem de princípios que se instalam vitoriosos na mente de
cada um.
E, para cumprir essa grande missão, o Evangelho é chamado a orientar os
aprendizes da ciência do espírito, para que, levianos ou desavisados, não se
precipitem a imensos resvaladouros de amargura ou desilusão.
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