Ensinar, por Espíritos Diversos
Jesus e Nós Outros
A+ | A- | Imprimir | Ouça a MSG | Ant | Post
Os corações, verdadeiramente interessados na realização divina da fé, à luz
do Evangelho de Jesus Cristo, não podem esquecer a exemplificação do Mestre, se
procuram, de fato, a redenção espiritual para a vida eterna.
Não raro, os discípulos menos avisados exigem companheiros completos e
irrepreensíveis, olvidando que Jesus, para obter os colaboradores iniciais de
sua obra, foi compelido a semear qualidades novas em seus corações, mobilizando
exemplos, palavras e pensamentos.
A maioria dos crentes anseia por dias cor-de-rosa e noites azuis, cheios de
tranqüilidade e sonhos belos; entretanto, o Senhor passou pelo mundo, vivendo
dias e noites de trabalho e preocupações, que culminaram no sacrifício supremo.
Muitos estudiosos da fé reclamam guias solícitos, que os assistam e consolam,
olvidando, contudo, que o Mestre desceu das esferas resplandecentes para
converter-se no escravo de todos os homens.
Requisita-se a adesão absoluta e a colaboração fiel dos amigos do dia,
esquecendo-se de que Jesus viu, de perto, a incompreensão e a fraqueza, entre os
próprios cooperadores de apostolado.
Muitos trabalhadores solicitam entendimento e solidariedade nos momentos
difíceis; todavia, não se recordam de que o Amigo Fiel da Humanidade esteve
absolutamente sozinho nos testemunhos supremos.
Reclamam, irritadiços, a consideração social e o respeito alheio, mas se
esquecem de que o Sublime Emissário recebeu publicamente a bofetada e o açoite,
o deprezo e o ridículo.
Exigem que todas as pessoas lhes venerem a condição e lhes acolham as
afirmativas, ainda mesmo quando essas pessoas, por incapacidade espiritual, não
possam admiti-las ou aceitá-las; no entanto, olvidam que o Mestre, servindo a
todos com igual amor, foi tido à conta de feiticeiro e agitador comum.
Muitas vezes, interessam-se pela adesão verbal de personalidades importantes,
nas tabelas da convenção terrestres, distraídos, todavia, de que Jesus, no seu
sacrifício, foi declarado pelo povo inferior a Barrabás e crucificado entre
ladrões.
Pedem tratamento distinto, atenções oficiais, deferências públicas e gentilezas
populares, olvidando que o Cristo foi exibido no madeiro, seminu, diante da
multidão sarcástica.
Finalmente, afligem-se e inquietam-se pela transformação imediata de familiares,
amigos e vizinhos, completamente desmemoriados, por vezes, das necessidades
espirituais que lhes são características, quando Jesus trabalha pelo mundo, não
há dois milênios, mas desde o primeiro instante do Planeta Terrestre servindo e
amando, sem recompensa dos beneficiários e sem reclamação das glórias que lhe
competem, estendendo a sua mão invisível de Amigo Certo a homens e nações,
instituindo o Reino de Deus, entre a criaturas, e dando sempre de Si Mesmo a
cada um de nós outros, para que nos edifiquemos para a vida imortal.
Por: Emmanuel, Do livro: Coletâneas do Além. Médium: Francisco Cândido Xavier
Leia Também:
O Cristo Paciente: por Amélia
Poema do Menino Jesus: por Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
Assim Falava Jesus ...: por Desconhecido
O Cristo e o Livro: por Constâncio Alves
A Jesus: por Auta de Souza
Comentários