Ensinar, por Espíritos Diversos
Não Se Deixe Enganar
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Se você se sente perturbado, angustiado, necessitado de orientação e busca
respostas ou ajuda, fique atento. Nem sempre essa ajuda será oferecida por
pessoas honestas ou comprometidas com o bem-estar do semelhante. Por ignorância
(não no sentido pejorativo, mas sim no sentido de não saber mesmo), despreparo
ou más intenções mesmo (como infelizmente tem ocorrido até com certa
frequência), muita orientação oferecida se transforma em desdobramentos
lamentáveis, com prejuízos emocionais e psicológicos de expressão na vida de
muita gente.
Ao procurar um espírita'>centro espírita, por exemplo, para pedir ajuda ou buscar
respostas, preste atenção. Se a pessoa que te atender te amedrontar, te
assustar, ameaçar, chantagear ou mesmo te cercar de informações esdrúxulas,
detalhando seu passado ou seu futuro e até fizer previsões ou mesmo indicar
perseguições espirituais, esqueça! Isso não é uma orientação espírita. O grupo
que você foi pode até estar preparado, pode desfrutar de bom conceito, mas a
pessoa que atendeu está completamente despreparada ou não foi bem orientada.
Essa
pessoa está usando pontos de vista pessoais e não conhece o Espiritismo.
O serviço de atendimento fraterno de uma instituição espírita ou mesmo qualquer
pessoa chamada de espírita que você procure para conversar e pedir orientação,
não existe para te assustar ou te ameaçar. O diálogo com qualquer pessoa de bom
senso deve primar-se pela ordem, pelo respeito mútuo, numa análise ponderada,
sem uso de argumentos ou citações que piorem a situação.
Ninguém tem o direito de ameaçar, explorar, ditar procedimentos, exigir. Podemos
sugerir, claro, o que não significa que será aceito, o que se enquadra na
liberdade individual da escolha a ser feita. Portanto, se você está diante de
pessoa que ameace, ordene, exija ou tente qualquer tipo de exploração, esqueça.
Isso não é orientação espírita. Esse não é um espírita.
Isso contrasta totalmente com a orientação espírita.
Num espírita'>centro espírita sério não há revelações do passado ou do futuro, não há
previsão de datas ou acontecimentos, não há consultas a torto e direito (usando
expressão popular) aos espíritos para as mínimas questões que nós mesmos podemos
discernir ou resolver. Aliás, dependência de espíritos é outro equívoco que você
pode prestar atenção. Não temos que seguir pessoas, médiuns ou espíritos, temos
que seguir a Jesus, o único infalível que pisou neste planeta.
Se você perceber que há dependência de tal médium, de tal espírito, isso deixa
de ser prática espírita. Poderá ser prática mediúnica, mas não espírita. O
fenômeno pode ser real, mas deixa de ser espírita, pois que o fenômeno espírita
se prima pelo desejo único de auxiliar as pessoas, sem qualquer tipo de ritual
ou dependência de médiuns ou espíritos, atendentes ou palestrantes, todos
instrumentos da Bondade Divina, mas livres para escolher caminhos de equívocos,
aos quais responderão pelos desdobramentos advindos, no devido tempo.
Cuidado e prudência, pois. E você, naturalmente, vai ser perguntar: Mas como vou
saber a quem procurar com segurança?
É simples e fácil: basta observar com atenção. Qualquer prática que traga em seu
contexto ausência do bem e mistura de personalismo, ou indique malícia,
exploração de qualquer tipo ou mesmo imposições e até mesmo previsões e também
informações fáceis sobre passado e futuro, esqueça. Isso não é prática espírita.
Isso é mediunismo sem responsabilidade.
E se exigir que você faça algo, seja um pagamento ou um comportamento,
afaste-se. Isso não é Espiritismo. Pode ser o que for, mas não é Espiritismo.
Espiritismo é simplicidade, fé, fraternidade. Se não houver bondade com
simplicidade, está manchado pelo egoísmo humano que busca outros propósitos.
Não se deixe enganar, pois. Busque ajuda sempre precisar, com quem lhe mereça
confiança.
Sempre que houver exigências ou imposições, desconfie. Busque sim, um grupo
sério, espírita ou de qualquer outra crença, onde haja sinceridade e desejo do
bem. Isso é o que importa.
Nenhum de nós pode se colocar no pedestal de orientadores. Somos todos
aprendizes, desejando aprender uns com os outros. Toda vez que alguém se coloca
na posição de sábio e infalível, pronto, já começou aí sua derrocada. Se
encontrar alguém assim, ele é digno de nossa compaixão e precisa de preces, pois
está se perdendo na própria vaidade.
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo autor
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