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Quem a conheceu em criança diz que era uma menina diferente, magra, sem muita saúde.

Sempre ocupada com alguma atividade, se mostrava introspectiva, silenciosa.

Em outros momentos, podia-se ouvir sua voz, cantando canções que ninguém conhecia.

Mal sabiam que tais canções desconhecidas eram criações suas, falando de gratidão à natureza e de amor a Jesus.

De família pobre, onde todos deviam colaborar, ela também fazia a sua parte.

Supervisionava os irmãos nas lições escolares, auxiliando-os na memorização dos conteúdos.

Orientava-os na obediência aos pais, e a Jesus, a quem dedicava muito amor.

Quando o pai ficava nervoso com os compromissos vivenciados frente à família numerosa, ela o abraçava, no intuito de acalmá-lo.

Mais de uma vez ouviu os desabafos da mãe, adoentada e insatisfeita com a vida.

Numa época em que as meninas não permaneciam na escola depois de alfabetizadas, feliz, percebeu os pais lutando para lhe oferecer tal oportunidade.

Agradecida, dava o melhor retorno, com muita vontade e bom desempenho.

Logo que a idade lhe permitiu, conseguiu trabalho para ajudar na manutenção do lar.

Incentivada por uma de suas professoras, anotava suas canções e poesias, e as guardava com esmero.

Acordava no meio da noite, e se punha a escrever na penumbra, para não acordar os demais.

Era junto dela que irmãos e amigas encontravam ajuda para as dificuldades.

Contam, que certa feita, sem entender o porquê, ouviu seu avô dizer aos pais que cuidassem bem dela, porque tais criaturas não ficavam muito tempo na Terra.

Seu amor e confiança em Jesus, as tarefas constantes em favor do próximo lhe davam vontade de viver.

Inspirada, escreveu, em determinada oportunidade:

Se eu pudesse explicar a emoção que o meu peito domina, quando imagino Teus olhos divinos que me iluminam...

Tua voz suave, como um doce canto, a me embalar, me acalenta, o meu ser sustenta e me ponho a cantar...

Se eu pudesse Tua companhia sempre usufruir, eu seria o ser mais feliz que pode existir...

Ser tão querido, fonte de ternura, de luz, de calor, aqui me proponho declarar meu sonho de eterno amor...

És das manhãs o lume; do ar o perfume, torrente de luz.

Da vida és calor. Do sentimento, o amor. Tu és Jesus.

Muitas almas especiais passam anonimamente pela Terra, deixando seu recado.

São criaturas que Deus envia para o planeta, colocando-as ao lado de outras que sofrem, que padecem dificuldades de toda sorte, a fim de que as possam alentar.

Com sua presença, amparam. Com seus braços, acolhem. Com suas palavras, aconchegam.

Por vezes, sua ação é de tal forma constante, eficiente e sutil, que parece que sempre ali estiveram para servir de apoio.

Seu extraordinário valor, quase sempre, somente é medido quando a morte as arrebata e um grande vazio substitui a sua presença física.

Então, é comum se ouvirem as expressões: Era um ser especial. Nossa, iremos sentir muito a sua falta.

Pessoas do bem. Pessoas que servem.

Salutar seria que, enquanto estivessem a caminho conosco, melhor usufruíssemos das suas companhias e com elas aprendêssemos algumas lições.


Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5214&stat=0


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