
Na Oração, por Emmanuel
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Como tem sido sua vida religiosa?
Tem você mantido as aparências graciosas da fé, enquanto alimenta azedumes,
invejas, mágoas e rapina no coração, ou tem se esforçado por ser, intimamente, o
que Deus espera de você?
Vida religiosa nada tem a ver com as atitudes artificiais ou piegas por muitos
adotadas.
Ela se vai concretizando, em verdade, quando passamos a compreender que a
religião verdadeira não passa obrigatoriamente pelas aparências de fora, mas
sempre será uma realidade vibrante no íntimo dos seres.
Manter contato mais próximo com Deus, com Cristo ou com os prepostos da Luz
Divina, pela capacidade de transformar velhas inclinações perturbadoras em novas
posturas de trabalho renovador, por dentro e por fora de nós, isso sim é a base
para a realização religiosa.
A sua vida religiosa precisa ter o aroma das reais virtudes, que crescem aos
poucos, mas que não estão ausentes da vivência dos religiosos verdadeiros.
Nas lutas e renúncias de Gandhi, vemos sua vida religiosa ativa, laboriosa e
útil.
Nas pelejas e renúncias de Lincoln, achamos sua vida religiosa corajosa,
desafiadora e útil.
Nos esforços e renúncias de madre Teresa, encontramos os sinais inquestionáveis
da sua vida religiosa dedicada, transformadora e útil.
Se, na condição de pessoa religiosa, os seus atos não forem enobrecidos e úteis
a ninguém, tenha a certeza de que eles são vazios e sem qualquer valor para a
vida interior.
Pense e repense acerca da sua vida religiosa.
Transforme-se para o bem o quanto possa.
Desenvolva-se no amor o quanto puder, porque somente assim a sua atuação na
esfera religiosa espalhará a luz do Cristo e o fará realmente feliz.
Em O livro dos Espíritos, Allan Kardec faz um questionamento fundamental, no que
diz respeito à diversidade de doutrinas e crenças.
Todas as doutrinas têm a pretensão de ser a única expressão da verdade. Como se
pode reconhecer a que tem o direito de se posicionar assim?
A resposta dos Espíritos é bela e profunda:
Será aquela que produza mais homens de bem e menos hipócritas, ou seja, pela
prática da lei de amor e de caridade em sua maior pureza e sua aplicação mais
abrangente.
Por esse sinal reconhecereis que uma doutrina é boa, pois toda doutrina que
semear a desunião e estabelecer uma demarcação entre os filhos de Deus só pode
ser falsa e nociva.
Notemos dois detalhes: o primeiro, associando a religiosidade à prática, à
transformação moral do indivíduo, senão de nada ela lhe serve.
O segundo, deixando claro que não precisamos de uma que se sobreponha às demais.
Basta que ela conduza ao bem, que ligue os homens ao Criador, e ela terá
cumprido sua função primordial.
Não há mais porque escolher uma entre várias, ou tentar dizer que esta é melhor
do que aquela, senão voltaremos a cair nos problemas que geramos, ao longo dos
tempos, segregando pessoas por crença, cor, raça.
Cada doutrina atende a um tipo de necessidade, a um tipo de alma, num
determinado estágio evolutivo, e sempre terá seu valor, desde que mantenha seu
compromisso com o amor e a caridade.
Não há apenas um caminho. O amor e o bem têm diversas vias, podem estar pintados
de cores diferentes, mas sempre serão o amor e o bem.
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