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No Evangelho, há uma interessante passagem conhecida como A parábola do rico insensato.

Trata-se de um homem que havia trabalhado muito para ajuntar bens.

Quando finalmente se deu por satisfeito, propôs-se a gozar de sua fortuna.

Contudo, o Senhor da vida deliberou nessa mesma noite promover o regresso do rico ao plano espiritual.

Daí se colocou a questão: Para quem seria tudo o que ele tinha ajuntado?

Essa lição não poderia ser mais atual.

Em todos os agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar.

O espírito de lucro alcança os setores mais singelos.

Meninos, mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em amontoar egoisticamente alguma coisa.

Mães numerosas abandonam seu lar a desconhecidos, a fim de experimentarem a mina lucrativa.

Pais deixam de dar atenção a sua família, enquanto multiplicam ao extremo as horas de trabalho.

Nesse sentido, a maioria das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.

No entanto, por trás do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o homem e interroga: O que você trouxe?

O infeliz tende a responder que reuniu vantagens materiais.

Diz que se esforçou para assegurar a posição tranquila de si mesmo e dos seus.

Examinada, porém, a sua bagagem, quase sempre as pretensas vitórias são derrotas fragorosas.

Elas não constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.

Atingida semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio.

Prende-se, de maneira inexplicável, aos resultados de tudo o que amontoou na crosta da Terra.

A sua consciência se enche de sombrias nuvens.

E a voz do Evangelho lhe soa aos ouvidos: Pobre de você, porque seus lucros foram perdas desastrosas.

E o que tem ajuntado, para quem será?

É importante meditar sobre essa lição enquanto se está a caminho.

Os bens do mundo são preciosos enquanto instrumentos de realização da paz.

O trabalho é um meio de vida e não de morte.

A título de enriquecer ou ter mais conforto não compensa esquecer o essencial.

É inútil brindar os filhos com coisas e não se fazer presente em suas vidas, com palavras e exemplos dignos.

As posições tão cobiçadas no mundo sempre terminam por trocar de mãos.

Constitui loucura convertê-las no objetivo da existência.

É preciso viver no mundo, sem ser do mundo.

Fazer os sacrifícios necessários à vida na Terra.

Mas jamais esquecer que se está apenas de passagem por ela, com destino ao infinito.

Pense nisso.


Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, com base no cap. 56 do livro Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3361&stat=0


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