Ensinar, por Espíritos Diversos
Materialismo
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Para dissipar a sombra do materialismo a espessar-se no espírito humano, é forçoso evitemos a atitude daquelas autoridades da antiga Bizâncio, que discutiam bagatelas, enquanto os inimigos lhes cercavam as portas.
Reconhecendo a impossibilidade de vincular essa anomalia às raízes da ignorância, de vez que o epicurista é, invariavelmente, alguém que se prevalece da cultura intelectual para extrair da existência o máximo de prazer com esquecimento da responsabilidade, interpretemos o materialismo como sendo enfermidade obscura, espécie de neoplasma da mente, a degenerar-lhe os mecanismos.
Da tumoração invisível, surge a violência e a crueldade, a desumanidade e o orgulho por metástases perigosas, suscetíveis de criar as piores deformidades no mundo íntimo. E tanto quanto a ciência médica ainda encontra dificuldades para definir a etiologia do câncer, surpreendemos, de nossa parte, os maiores entraves para explicar a causa de semelhante calamidade, porquanto sendo a idéia de Deus imanente em todas as leis do Universo, não é compreensível se isole, voluntariamente, a razão de sua origem divina. Convençamo-nos, porém, de que todo desequilíbrio de espírito pede, por remédio justo, a educação de espírito.
Veiculemos, assim, o livro nobre. Estendamos a mensagem edificante. Acendamos a luz dos nossos princípios nas colunas da imprensa. Utilizemos a onda radiofônica, auxiliando o povo a pensar em termos de vida eterna. Relatemos as nossas experiências pessoais, no caminho da fé, com o desassombro de quem se coloca acima dos preconceitos.
Amparemos a infância e a juventude para que não desfaleçam a míngua de assistência espiritual. Instituamos cursos de estudo do Evangelho de Jesus e da obra de Allan Kardec, em nossas organizações, preparando o futuro. Ofereçamos pão ao estômago faminto e alfabeto ao raciocínio embotado. Plantemos no culto da caridade o culto da escola.
E, sobretudo, considerando o materialismo como chaga oculta, não nos afastemos da terapia do exemplo, porque, em todos os climas da Humanidade, se a palavra esclarece, o exemplo arrasta sempre.
Por: Emmanuel, Médium: Francisco Cândido Xavier
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