Maria, por Auta de Souza
Oração aos Libertos
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Alma embriagada do imortal falerno,
Segue cantando, no horizonte claro,
O teu destino esplendoroso e raro,
Cheio das luzes do porvir eterno.
Mas não te esqueças desse mundo avaro,
O escuro abismo, o tormentoso Averno,
Sem as doces carícias do galerno
Das esperanças – sacrossanto amparo.
Volve os teus olhos ternos, compassivos,
Para os pobres Espíritos cativos
Às grilhetas do corpo miserando!
Abre os sacrários da Felicidade,
Mas lembra-te do orbe da impiedade,
Onde venceste a carne soluçando.
Por: Cruz e Souza, Médium: Francisco Cândido Xavier
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