Ensinar, por Espíritos Diversos
Laços de Família
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Dizia o escritor russo Léon Tolstoi que a verdadeira felicidade reside dentro do lar, ao lado da esposa amada e dos filhos queridos. Realmente, ter uma família bem constituída, onde reine a concórdia, onde exista a harmonia, é ter um tesouro de inestimável valor.
Por isso, é muito gratificante a certeza de que a morte não será capaz de romper estes laços de família. A seguir são apresentados dois fatos que reafirmam o que acabo de dizer.
O primeiro aparece no livro O Gênio Céltico e o Mundo Invisível, de Léon Denis.
Ele transcreve um relato da obra La légenda de la mort chez les Bretons
Armoricains (escrito por Le Braz) mais ou menos nos seguintes termos:
Marie Gouriou, da vila de MinGuenn, perto de Paimpel, deitou-se uma noite depois
de haver colocado perto de seu leito o berço em que dormia seu filho.
Acordada por choros durante a noite, ela viu seu quarto iluminado por uma
estranha luz, e um homem inclinado sobre a criança, que a balançava levemente,
cantando, em voz baixa, em refrão de marujo.
De imediato Marie Gouriou reconheceu naquele estranho exatamente o seu marido,
que hà um mês havia partido para pescaria na Islândia; ela ainda notou que as
suas roupas deixavam escorrer água do mar.
- Como, exclamou ela, você já está de volta? - Tome cuidado, pois você vai
molhar a criança... Espere que eu me levante para acender o fogo...
Mas aquela luz se esvaneceu e, quando ela acendeu o fogo, verificou que seu
esposo tinha desaparecido. Jamais voltaria a vê-lo pois que o primeiro navio
vindo da Islândia trazia a notícia de que o barco em que ele havia embarcado
naufragara, não se salvando ninguém, justamente na mesma noite em que Marie
Gouriou tinha visto o marido debruçado sobre o leito de seu filho.
Houve o que se chama em Espiritismo mais um caso de visão de pessoas nas
vizinhanças da morte visitando entes queridos, como estudou exaustivamente o
astrônomo francês Camille Flammarion nos três volumes da obra A morte e o seu
mistério, edição da FEB (Federação Espírita Brasileira).
O outro caso deu-se por via mediúnica, envolvendo o escritor Aldous Huxley. Como
se sabe, este inglês, nascido em 1894 e talecido em 1963, escreveu novelas,
sátiras, romances, ensaios, dramas, biografias e se fez famoso ao lançar em
1932, com seu espírito cético o romance Admirável Mundo Novo de maneira
implacável satirizando a sociedade industrial.
O casal Ambrose A. Worral e Olga N. Worral curavam pela imposição das mãos
conforme já recomendava Jesus. Neste particular, vale até a pena lembrar as
palavras do espírito Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro O
Consolador (questão 98):
"Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas,
o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os
recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos
psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.
Mas voltemos ao casal Worral. Em Baltimore, eles fundaram na Igreja Metodista de
Monte Washington, uma clínica para tratamento espiritual e atendiam a um grande
número de pessoas diariamente. Olga Worral era clarividente e clariaudiente.
Certa ocasião viajou para Rye, Estado de Nova York, para participar de um
seminário durante o qual o citado romancista Huxley pronunciaria uma conferência
sobre as curas espirituais.
Apresentada a ele, entre ela e o escritor começou animada conversação e, num
dado momento, Olga lhe diz:
- Há uma mulher ao seu lado e me diz que se chama Maria. Declara ser sua esposa
e pede que eu lhe transmita esta informação: - Diga ao Huxley que eu ouvi e
compreendi cada uma de suas palavras, embora eu perdera inteiramente a
consciência. Ouvi cada palavra da poesia que ele leu para mim naquela hora; por
isso, sou muito grata por tudo quanto ele fez por mim.
Todos ficaram surpreendidos ao ver Aldous Huxley baixar a cabeça e chorar
copiosamente. Confirmou tudo quanto Olga lhe transmitira na mensagem. E ainda
acrescentou:
- Eu, para dizer a verdade, ficara imaginando se ela teria, ou não, ouvido o que
eu estava lendo. Pensei que talvez fosse um esforço inútil, um tempo perdido.
Você não pode imaginar como é reconfortante para mim saber que Maria estava
consciente da minha presença junto dela.
Fazia apenas dois meses que a mulher havia morrido. Nenhum dos presentes
conhecia esta particularidade.
Então, como disse de início, nada mais gratificante do que saber que a morte não
tem forças para romper os afetuosos laços de família!... Aqueles a quem Deus ligou por vínculos de verdadeiro amor, nem a morte os separará jamais!
Por: Celso Martins, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
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