Ensinar, por Espíritos Diversos
Tiradentes
A+ | A- | Imprimir | Ouça a MSG | Ant | Post
Freme, na Lampadosa, a turba em longas filas.
Estandartes... Clarins... A praça tumultua...
Tiradentes, o herói, ante os gritos da rua,
Entra guardando a cruz nas magras mãos tranqüilas.
-“ Morra a conjuração da sombra em que te asilas!”
-“ Morte ao traidor do reino!...” -- É a gentalha que estua.
E ele sobe, sereno, à forca estranha e nua,
Trazendo o sol da fé a inflamar-lhe as pupulas.
Logo após, é o baraço, o extremo desengano...
O mártir pensa em Cristo e envia ao povo insano
Um gesto de piedade e um olhar de amor puro.
Age o carrasco, enfim... O apóstolo balança...
E Tiradentes morre, entre o sonho e a esperança,
Contemplando, elevado, o Brasil do futuro.
Por: Olavo Bilac, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
Tags
Leia Também:
Via Láctea: por Olavo Bilac
Sonha: por Olavo Bilac
Tiradentes: por Olavo Bilac
O Beijo de Judas: por Olavo Bilac
Aos Descrentes: por Olavo Bilac
Comentários