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A problemática da felicidade encontra solução eficaz no comportamento íntimo do indivíduo em relação à vida.

Por que transferir para o futuro o momento de ser feliz, quando se pensa em conseguir determinados valores, que possivelmente não lograrão completar o quadro de harmonia e ventura pessoal?

Pode-se e deve-se ser feliz em cada instante, pois tal conquista procede do estado de espírito e não dos recursos materiais amealhados de que se pode dispor.

O dinheiro soluciona alguns problemas; projeta a personalidade; promove socialmente o indivíduo, mas não resolve as situações interiores, nas quais estão as bases da harmonia como do desequilíbrio.

É necessário valorizar-se o que realmente pode proporcionar a felicidade e não os seus acessórios. Digamos, então, que esta é um estado mental, variando de pessoa para pessoa, conforme o seu grau de evolução, portanto, a sua aspiração maior.

As conquistas materiais não dispõem do poder de fazer as criaturas felizes. Podem diminuir-lhes a aflição, atender a algumas necessidades, minorar amarguras, gerar bem-estar e conforto...

Esperando-se conseguir o beneplácito da felicidade, mediante as dádivas da cornucópia da fortuna, por exemplo, perdem-se muitos instantes felizes que dificilmente retornarão.

Essa felicidade dourada, sem preocupações, ociosa, não existe; é miragem que se dilui ante a realidade.

Podes conseguir o estado mental de felicidade permanente, crendo que ela é propiciada pelo amor a Deus, que a deposita no escrínio dos teus sentimentos, a fim de que aí a desdobres, brindando às demais pessoas.

Assim, não obstante as mudanças e circunstâncias em que te encontres, alterando o ritmo dos assuntos e acontecimentos externos, ela permanecerá contigo, porque está em ti.

O vendaval das paixões não a expulsa;

a frialdade do abandono não a empalidece;

o granizo da ofensa não a fere;

o ouro das ambições não a entorpece;

o fogo das lutas cruzadas não a atinge.

Ela permanece serena, e qual chama abençoada, com a sua luz aponta o caminho seguro a seguir. aclamando as ansiedades do coração.

A felicidade plena e compensadora não é deste mundo. No entanto, germina e se desenvolve enquanto o Espírito avança pela estrada reencarnacionista, graças às ações desenvolvidas e ao comportamento mantido.

Reservada para o "reino dos céus", é indispensável que o homem lhe conduza as matrizes íntimas mediante as quais se desvela no momento oportuno.


Por: Joanna de Ângelis, Médium: Divaldo Pereira Franco


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