Ensinar, por Espíritos Diversos
Perdão e Vida
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Oscar e Gil, dois irmãos,
Falavam sem alvoroço,
Em fraterno entendimento,
Trinchando peixe no almoço.
Oscar era sitiante,
Dono de muito dinheiro,
Gil, porém, era homem pobre,
Presença de companheiro.
Entre os dois faltava alguém,
A fim de se completar
Um nobre trio de irmãos,
Nascido no mesmo lar.
Esse alguém era um rapaz,
De nome Paulo Antonino
Que não amava os irmãos,
Disfarçado em vagolino.
Ao café, Oscar deu notícia,
Depois clamou muito sério:
- Essa guerra do Oriente
Tem cheiro de cemitério.
Depois disse Gil:
- Creio que somos irmãos
Que não se lembram na vida
Da bondade e do perdão.
- O conflito em andamento
Não é tão simples assim,
Toca a todos os que pensam,
Tanto a você quanto a mim.
Em seguida perguntou
Por notícias de Antonino,
Muito embora acreditasse
Que ele andava sem destino.
Gil saiu-se do problema,
A explicar que pela idade
Transformara-se em pastor
De paz e de caridade.
Oscar sorriu com desprezo
E aclarou: - Não acredito nisto,
Não concebo um marginal
Comentando Jesus Cristo.
E prosseguiu: - Felizmente
Não lhe ouço a própria voz;
Deus conserve o nosso irmão
Sempre mais longe de nós.
- E você deve saber, vou processá-lo,
Isso será muito em breve;
Com justiça pagará,
Mais de cem mil que me deve.
Gil mostrava-se agitado,
Ante as palavras candentes
E comentou: - os guerreiros e os falsários
Deus no-los deu por doentes.
- Se estou te ouvindo correto,
Notei, você, meu irmão,
Recordando a tolerância
Por terra de elevação.
- Eu expressava-se Oscar,
Se o visse em má vida que enleia,
Rogaria da polícia,
Resguardá-lo na cadeia.
Gil fez-se mais humilde
E falou: - O que me arrasa
É saber que toda guerra
Começa dentro de casa.
Por: Jair Presente, Médium: Francisco Cândido Xavier
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