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A "Prece da Serenidade" é uma das orações mais difundidas pelo mundo, cuja autoria é atribuída ao teólogo americano Reinold Niebuhr, produzindo muitos benefícios àqueles que assimilaram o seu elevado significado moral e psicológico.
É claro que essa prece não tem nenhuma conotação mágica.
A forma não é nada, o pensamento é tudo.
No entanto, pode-se assimilar o elevado propósito moral de uma oração e, neste particular, a prece da serenidade nos convida a preciosas reflexões.
Vamos a elas.
"Conceda-me, Senhor, serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar..."
Quanta sabedoria há neste pensamento.
De fato, se por um lado muitas soluções estão em nossas mãos, outras tantas independem da nossa vontade ou de nossa atuação concreta.
Em algumas situações, só Deus poderá alterar o curso dos acontecimentos.
Quando nada podemos fazer, Deus pode.
E Deus sempre fará o melhor por nós.
Ele sempre atua quando não sabemos o que fazer ou quando já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance.
Victor Hugo teve o ensejo de escrever: "Quando tiver feito tudo o que for possível, deite-se e vá dormir. Deus estará acordado."
E você, prezado amigo, tem entregue a Deus os seus insolúveis problemas?
Tem confiado na Divina Providência, naquele Poder Infinito que tudo pode?
Neste instante, proponho a você que abra seu coração, solte o nó da gravata, ponha-se diante de Deus e sinta que Ele o ama.
Proponho que você escreva numa folha de papel os insolúveis problemas que o atormentam, colocando-os nas mãos do Criador para a solução mais adequada.
Depois, pare de se preocupar com essas questões, pois Deus está cuidando do assunto.
Isso proporcionará muita paz ao seu coração.
Será que o amigo percebeu por que essa oração foi denominada de prece a serenidade?
A razão é simples.
Nós só conquistaremos a paz quando estivermos fazendo aquilo que nos compete fazer.
Enquanto adiarmos, não teremos paz, pois o problema continua conosco.
E se nada nos é possível fazer, a nossa parte vem da atitude de entrega ao Criador, que tudo sabe e tudo pode.
Em regra, ficamos nervosos preocupados e ansiosos porque fazemos exatamente o contrário.
Naquilo que podemos fazer, esperamos que Deus ou as pessoas façam por nós.
E naquilo que só Deus pode fazer, queremos agir por nossa própria conta, caindo em verdadeiro desespero em vista da inutilidade de nossas condutas.
A segunda parte da prece diz o seguinte:
"Conceda-me coragem para mudar aquelas que podem ser mudadas..."
A prece nos convida a pedir coragem.
Para quê?
Para que possamos mudar aquilo que nos cabe mudar.
Muitas vezes, a solução para as nossas dificuldades está em nossas mãos, não nas mãos do padre, do pastor, etc.
Um professor não fará a prova no lugar do aluno; nem o médico tomará o remédio no lugar do paciente.
Já pensou nas mudanças que está precisando realizar?
Examine com calma.
Verifique quais as decisões que você talvez esteja adiando, esperando que Deus ou alguém faça a parte que é de sua responsabilidade.
É preciso tomar atitudes necessárias para que as mudanças ocorram, seja no plano profissional, familiar ou pessoal.
Adiar essas decisões acarretará ainda mais ansiedade e sofrimento.
É por isso que a prece termina com um pedido significativo:
Senhor, dai-me sabedoria para distinguir uma situação da outra.
"Saber a nossa parte e fazer.
Saber a parte de Deus e esperar.
Eis a expressão da serenidade."


Por: José Carlos de Lucca, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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