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Segundo a Filosofia Espírita, o trabalho é lei da natureza, lei divina, verdadeira para a felicidade do homem, eterna e imutável como o próprio Deus, constituindo-se numa necessidade. Tão forte é essa necessidade que os desequilíbrios causados pelo ócio serão corrigidos mais tarde através de terapias ocupacionais.
Tudo, na natureza, trabalha. Trabalha o vegetal, trabalha o animal e trabalha o homem.
Do trabalho nos reinos inferiores não resulta progresso visível para os olhos humanos, pois só inconscientemente, provendo as suas próprias necessidades, os vegetais e animais concorrem para a realização final da natureza.
Graças, porém, à linguagem articulada, conquista do reino hominal, cada geração passa à geração seguinte tudo o que aprendeu, acumulando cultura, através da qual o trabalho humano tem continuidade e o progresso que dele resulta é muito claro, em benefício do próprio indivíduo e da sociedade.
No atual estágio evolutivo do nosso planeta, o trabalho ainda nos é imposto, em conseqüência da nossa organização material. Segundo Kardec, esse trabalho a que somos obrigados é quase sempre uma expiação e sempre um meio de aperfeiçoamento da inteligência. É expiação para a maioria de nós que precisamos resgatar o abuso das forças entregues à ociosidade ou ao crime nas existências anteriores. É por isso que quase todos nós estamos obrigados a ganhar o pão com o suor do rosto.
Todavia, além desse trabalho que nos é imposto, podemos, desde já, aqui na Terra, usufruir a felicidade da prestação de serviço aos semelhantes, desligados de qualquer idéia de recompensa. É o trabalho que se faz por inspiração do amor.
Se as tarefas remuneradas, quando bem feitas, conquistam o agradecimento de quem as recebe, a prestação de serviço espontâneo já é vista como um desdobramento da bondade de Deus.
O trabalho-doação não muda apenas o ambiente, muda principalmente o trabalhador, fazendo-o crescer no sentido moral. Nesse trabalho, além do respeito, da simpatia, da gratidão e da amizade que recebe, o homem consegue também socorro espiritual para suas próprias dificuldades. Emmanuel diz que não há investimento melhor para a alma do que o trabalho-doação, pois ele quita o passado, garante as realizações do presente e representa créditos para o futuro.
É pois, com grande alegria que estamos vendo o trabalho voluntário sair dos ambientes estritamente religiosos e ganhar a sociedade civil. São os voluntários da escola pública, nos hospitais, nas entidades filantrópicas. O fato do ano 2001 ter sido designado Ano Internacional do Voluntariado é um forte sinal de que a consciência cristã está se ampliando no mundo todo e os cidadãos comuns estão se organizando de maneira a terem horas livres para empregá-las no trabalho voluntário.


Por: Vera Gaetani, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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