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Aqueles velhos bandeirantes
Da epopéia paulista,
Semeadores da vida e da beleza,
Que seguiram a cruz dor'>consoladora
Em auxilio amoroso à natureza,
Nunca morreram, nunca estacionaram...
De quando a quando, bebem no Infinito
Novas forças em luzes surpreendentes,
E renascem felizes
No lar amigo de seus descendentes.

Velhos trabalhadores do Evangelho,
Se descobriram ouro e pedrarias,
Se gemeram, suando nos trabalhos,
Nas grandes matas ermas e sombrias,
Jamais obedeceram
Ao sentido cruel da ambição destruidora;
Persistiram, lutaram e sofreram,
Vida em fora,
Porque eram os amigos bem-amados
Que Jesus enviou a Anchieta,

Depois de ouvirem o apóstolo do Brasil,
Recordaram as promessas sagradas
Do Senhor compassivo
E abandonaram tudo nas fazendas,
Alegrias, abetos e contendas,
Canaviais e engenhos poderosos,
E unidos, valorosos,
Foram para o sertão verde renovar as sementes da vida.

Desde então,
Aqueles velhos bandeirantes,
Tendo Cristo, no Céu, por companheiro,
Erigiram nos montes e nos vales
As fraternas cidades do Cruzeiro.
Entregaram aos índios a cartilha da ,
Lavraram o chão duro,
Semearam as bênçãos do futuro...
Deixando a vida nova nos seus trilhos,
Talharam lealmente
O esperançoso berço de seus filhos;
Obedecendo ao Cristo de bondade
Foram chamar os filhos de outras terras
Que desejassem a fraternidade.
E, reunindo-os nas mesmas leis de amor,
Esses espíritos heróicos
No ideal renovador,
Acenderam novas luzes,
Junto ao Colégio de Piratininga.

Suas casas-grandes, agora,
Em vastas proporções,
Não somente se espraiam pela terra amorosa
Mas elevam-se também para o céu,
Copiando o impulso de seus corações.
Jesus multiplicou-lhes os talentos
E os filhos das bandeiras
Traçam novos caminhos opulentos
Aqueles velhos bandeirantes
Nunca se foram para sempre.
Logo após a passagem do sepulcro,
Se não voltam imediatamente,
Continuam no esforço, em forma diferente,
Renovando, inspirando, combatendo,
Num sublime trabalho jamais visto
Por um Brasil maior, com Jesus Cristo.


Por: Rodrigues de Abreu, Do livro: Coletâneas do Além. Médium: Francisco Cândido Xavier


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