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Que modelos temos apresentado aos nossos filhos para que eles possam seguir? Às vezes, buscamos modelos de longe, nomes expressivos que tenham realizado grandes benefícios para a Humanidade.

Se são autênticos, naturalmente falam à alma do jovem, que é idealista por natureza.

Contudo, existem, por vezes, criaturas bem próximas a nós, que não valorizamos devidamente.

Avós, parentes, amigos que traduziram sua vida em legado de paz, que sacrificaram tudo por seus ideais, que exerceram suas atividades para além do dever.

Lemos, certa feita, acerca de um prisioneiro político romeno que somente aos setenta e seis anos, graças à queda do regime, pôde visitar seus filhos e conhecer seus netos.

Um homem de setenta e seis anos, de profundos olhos azuis que, apesar de toda a dureza e maus tratos sofridos na prisão, manteve seu entusiasmo pela vida, na certeza de que tudo valera a pena.

Mesmo o sacrifício da família, do prestígio, do poder que gozava.

Contemplando o mar, nas areias das praias americanas, comendo batatas fritas e aprendendo com os netos a atirar um disco de plástico, exclamava:

Que belo sonho. Que maravilha. A vida vale a pena ser vivida em toda sua plenitude.

Um de seus netos, alguns dias depois, precisou escrever uma redação para a escola. Durante várias horas ele trabalhou duro, sobre as folhas de papel. Quando terminou, leu em voz alta, para sua mãe emocionada:

Conheci um verdadeiro herói. O pai de minha mãe foi parar na cadeia por falar abertamente contra o governo. Depois de seis anos de solitária prisão, ele foi libertado.

Minha mãe, meu tio e minha avó saíram do país. Ele não foi autorizado a ir embora com eles.

Sozinho, ficou em seu país amargando a dor da separação e o desrespeito de amigos e parentes que o consideravam um fracassado.

Ouvir falar de meu avô fez com que eu entendesse que lutar por minhas crenças é muito importante para mim.

Na quinta série escrevi à professora uma carta de protesto porque considerei que ela tomara uma decisão injusta em relação a um de meus amigos.

Atualmente, sou o representante da turma no Conselho de alunos e estou lutando com firmeza para melhorar nossa escola.

Tenho orgulho de meu avô romeno. Espero em Deus que possa vê-lo outra vez.

O exemplo é nobre e, como percebemos, estabeleceu rumos dignos a outras vidas. Sua lição foi a de que não devemos silenciar nossa voz na defesa dos valores e da verdade.

Ao contrário, devemos falar para sermos ouvidos. Senão, como já aprendemos a sentir, sempre haverá uma parte em nós que permanecerá insatisfeita.

Lutar pelos ideais de enobrecimento é ensinamento que não devemos relegar a segundo plano, em se falando de nossos filhos, nossos tesouros e responsabilidade maior.

Aproveitemos todas as lições com que a vida nos honra as horas.

Estejamos atentos, tendo olhos de ver e ouvidos de ouvir.

Os exemplos passam ao nosso lado e suas experiências são lições significativas que não podemos ignorar.


Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, com base no Artigo O que os heróis nos ensinam, da Revista Seleções Reader’s Digest, de fevereiro de 1998. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5144&stat=0


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