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Allan Kardec, o emérito dor'>codificador do Espiritismo, explicou em termos belos e vigoroso que a mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente.

Conquista ético-moral do Espírito no seu processo evolutivo, é imanente à organização perispiritual, expressando-se conforme as necessidades do seu possuidor. Semelhante a outras faculdades da alma, exige cuidados especiais de ordem moral, psíquica, emocional e espiritual, a fim de poder ser ativada e desenvolvida conforme a finalidade a que se encontra destinada pela Divindade.

Instrumento delicado e forte que demonstra a indestrutibilidade da vida, mantém-se como força psíquica libertadora no mecanismo de desenvolvimento das aptidões que jazem em latência no âmago do ser. Ela fomenta os cuidados que devem ser mantidos e trabalhados, tais os procedimentos específicos, como a sublimação do seu portador mediante as ações relevantes da caridade.

Utilizada com sabedoria, é tesouro de valor inestimável pelos bens que propicia no seu entorno e a distância, penetrando nos mais variados painéis do Mais Além, assim como nas mais sórdidas e lúgubres regiões de trevas e dor.

Tais cuidados para adquirir a necessária plasticidade para a ocorrência dos variados fenômenos, tornam-se essenciais para a segurança nas suas manifestações, assim como do seu veículo humano.

Não se é médium em apenas alguns momentos, senão durante todos eles, embora sofra interrupção do seu fluxo e mesmo desaparecimento quando determinadas circunstâncias assim o exigem.

Conhecer-lhe as expressões através das suas manifestações físicas, emocionais e mentais, é dever de cada um que a pretenda utilizar no sentido elevado da sua transcendente finalidade.

Com plasticidade exuberante, dependendo das experiências de outras existências vivenciadas, está sempre em ação, mesmo que sem a anuência do seu portador. Isto porque seu mecanismo de comunicação encontra-se com os receptores ativados, enquanto os decodificam de ondas mentais para exteriorizações gráficas, verbais, ectoplásmicas...

Através das suas incontáveis possibilidades, amplia o seu campo de capacitação com naturalidade, utilizando-se dos campos vibratórios com os quais o médium sintoniza através da mente, dos hábitos, das aspirações...

À medida que o exercício dilui as barreiras da mente, impedindo a captação anímica, as comunicações fluem espontâneas e simples, tornando-se parte normal da existência incorporada aos fenômenos convencionais.

A ignorância sempre lhe tem atribuído ações maléficas destituídas de fundamento. O sofrimento que alguns médiuns experimentam ao exercê-la faz parte do seu mapa de resgates, e se eles observam e vivem a aflição com alegria e consciência adquirem incontáveis méritos e amizades transcendentes que se lhes tornam bênçãos de dignificação.

É natural que ao dar passividade aos sofredores do Mais Além, experimenta-se-lhes a carga de dores que os esfacelam, e, ao diminuí-las, porque se tornam divididas pratica-se a nobre caridade fraternal recomendada por Jesus.

Considera a tua faculdade mediúnica como um sexto sentido para mais significativos empreendimentos morais e de transcendência imortalista.
Não lhe temas as vibrações deletérias que filtra e depura.

Tem em vista que a circunstância de atenuar a aflição dos Espíritos atormentados representa concessão divina para a tua própria iluminação.Se desejas o contato com os anjos, convive com os demônios do roteiro, amando-os e encaminhando-os para a elevação que se lhes faz imperiosa necessidade.

O ser em situação de obsessão, estigmatizado pelo ódio que vem à comunicação através da delicada aparelhagem supereletrônica merece respeito e atenção. Ele está doente, porque não teve força para superar a injunção afligente que o atirou ao abismo da rebeldia e da infelicidade.

Ele necessitava de carinho e foi traído no seu sentimento profundo de honra e de confiança, tinha imperfeições e foi escorraçado sem piedade, anelava por ternura e recebeu açoites e flagelos que o dilaceraram e porque tinha sede deram-lhe ácido para sorver.

Perdeu a confiança na humanidade, deixou-se consumir pelo ódio, é perseguidor, mas é teu irmão necessitado da luz do entendimento para reencontrar-se, para entender como operam as Divinas Leis.

Se aspiras pelo mediumnato, desce aos abismos de sombra e dor onde rebolcam os desditosos e auxilia-os a erguer-se, a ascender, a mudar de atitude mental, portanto, moral também.

Todos experimentam, certamente há exceções, a perturbação post-mortem, resultado natural das consequências dos desregramentos a que se entregavam.

Em alguns, o processo da desencarnação é de longo curso, enquanto noutros se transforma numa áspera experiência carregada de mágoas e de rancores, nos quais se debatem num tempo sem fim, sem um suave luar de esperança.

Torna-te lenitivo para eles.

Faze-te dócil ao seu desespero.

Ama-os como filhos do coração, que se extraviaram e, enlouquecidos, não sabem como encontrar a paz.

Vive de tal forma que, a qualquer momento, embora preservando as tuas obrigações e responsabilidades humanas e sociais, possas estar receptivo ao labor dos Guias e Mensageiros da Luz no trabalho de harmonização dos infelizes.

Preza a tua mediunidade, poupando-a aos choques da perversão mental e da vulgaridade dos relacionamentos infelizes.

Quanto mais puderes, não cesses de intermediar o amor, levando ao desesperado a tua contribuição de solidariedade fraternal, e mesmo que te sintas perseguido, com noites indormidas, enfermidades simulacros, aflições de todo porte, alegra-te por seres médium a serviço de Jesus, tornando a humanidade melhor e mais feliz.

Jesus nunca se escusou de auxiliar. Até mesmo quando foi convidado ao holocausto na Cruz, perdoou a massa obsidiada por forças infelizes da Erraticidade inferior, na condição de Médium de Deus e transformou-a em asas para alçar-se ao Infinito.


Por: Joanna de Ângelis, Psicografia do médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 25 de abril de 2016, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=431


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