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Último instante, derradeira imagem
Nas procissões da sombra em longas filas...
Era a morte, cerrando-me as pupilas
No doloroso termo da romagem.

Graças à Deus, a crença em meu pajem
E buscando-lhe, ansioso, as mãos tranqüilas
Chorei de gratidão ao pressenti-la
Conduzindo-me à luz de outra paisagem!...

Ó terra de São Pedro que amo tanto,
Com que angústia te vi, banhado em pranto,
Nos supremos e tristes estertores!...

Trabalha e espera sob os céus risonhos,
Que a morte é vida para nossos sonhos
É paraíso para nossas dores.


PAULISTA, nascido na cidade de S. Pedro, em março de 1881. Escreveu Ementário, Poemas Líricos, Último Evangelho e outras obras assaz estimadas, falecendo em 1937.


Por: Gustavo Teixeira, Do livro: Parnaso de Além-Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier


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