
Palavras de Caridade, por Auta de Souza
A educação de uma criança ou de um adolescente é um dos desafios mais difíceis e ao mesmo tem mais gratificantes que existem. Acompanhar o desabrochar de cada uma de suas potencialidades é uma oportunidade magnífica.
Para permitir que atinjam seu potencial máximo, o educador deve estar disposto a se comprometer com uma situação que será de sua responsabilidade, sem, contudo, estar totalmente sobre o seu controle. Equívocos e fatos inesperados aparecerão e ele precisará saber reconhecer suas falhas e limitações. E o mais importante de tudo, estar disposto a aprender.
Recentemente, o escritor Augusto Cury publicou o livro Maria: a maior educadora
ao História, onde faz uma análise interessante sobre os princípios que, segundo
ele, Maria teria utilizado intuitivamente para educar a criança mais intrigante
que já passou pela Terra: Jesus. Neste livro, ele afirma que: “O melhor educador
não é o que controla, mas o que liberta. Não é o que aponta os erros, mas o que
os previne. Não é o que corrige comportamentos, mas o que ensina a refletir. Não
é o que enxerga o que é tangível aos olhos, mas o que vê o invisível. Não é o
que desiste, mas o que estimula a começar de novo. (...) O excelente mestre não
é o que sabe mais, mas o que mais tem consciência do quanto não sabe.”
Ao escolher quem seria responsável pela educação de Seu filho, Deus não escolheu
um grupo de notáveis intelectuais entre os escribas e fariseus. Também não
incumbiu sacerdotes judaicos ou especialistas em filosofia grega para formar o
homem que dividiria a História. Uma jovem adolescente, que não pertencia a uma
linhagem de alta classe e vivia em uma região socialmente desprezada (Galiléia),
foi a escolhida. Assim, deixava claro para nós que de nada adianta o
conhecimento teórico e científico se não formos capazes de empregar nosso amor e
intuição no processo de educar.
Quando educamos alguém, nossas lições extrapolam os bancos escolares e as regras
de comportamento social. Ao educar, transmitimos aos nossos pupilos a maneira
como se portar diante da vida e de suas adversidades. Oferecer-lhes um ambiente
sem dificuldades é não prepará-los para a realidade. Os educadores que querem
controlar tudo na educação dos seus filhos e alunos demonstram grande receio em
falhar e acabam transmitindo o que mais detestam: a insegurança e o medo.
Augusto Cury busca demonstrar aos educadores que: “seus filhos e seus alunos são
seus tesouros. Ensine-os a não ter medo da vida, mas a sobreviver às
circunstâncias adversas, pois, mais cedo ou mais tarde elas virão. Quando elas
vierem, não gaste energia reclamando, use-a para ter coragem para reagir, para
produzir ações intrépidas.”
Ao associarmos as lições do Evangelho de Jesus e a intuição às ferramentas
valiosas da Pedagogia e Psicologia, somos capazes de oferecer uma educação
completa e que acompanhará nossos filhos e alunos por toda vida. E a certeza que
a doutrina espírita lhes dá de que existem espíritos superiores os amparando nos
momentos mais duros, porém necessários, fará com que revigorem suas forças
quando necessário.
Devemos lembrar que aqueles que recebemos sobre nossos cuidados, trazem consigo
tendências e fraquezas próprias de seus espíritos e que precisam ser corrigidas
através da educação moral. Assim, quando na fase adulta, terão ferramentas para
auxiliá-los nos compromissos assumidos antes de reencarnarem. Porém, ao observar
certas posturas das crianças ou dos jovens, algumas pessoas fazem uso de
castigos impositivos, afirmando serem estes necessários para conter hábitos
equivocados. Mas, se o aprendizado não vier acompanhado de amor e compreensão da
lição, será abandonado assim que o educador não estiver por perto. Os
ensinamentos devem ser para a vida e não para alguns momentos. Caso contrário,
não farão sentido.
O coração deve ser o grande direcionador de quem se dispõe a educar. Estar
disponível e aberto ao que acontece é fundamental. Mas a consciência de que não
sabemos tudo também precisa existir. Não há nada de mais em errar se fomos
capazes de aprender com nossos erros. Também não há vergonha em aprender com
aqueles que educamos. O importante é ter a certeza de que a cada dia fazemos o
nosso melhor. O resultado não está em nossas mãos. Apenas influenciamos nossos
jovens e crianças. Não fabricamos suas personalidades. Devemos apenas estimular
o que têm de melhor e conter suas viciações, permitindo assim, que possam ser o
que Jesus espera deles.
Dra. Cristiane Ribeiro Assis, ginecologista e obstetra, com especialização em Medicina Fetal, membro da AME-SP - Matéria publicada na Folha Espírita em 2007.
Dia 02 de 1877
Nasce em Coimbra, Portugal, Antônio Joaquim Freire, Presidente da Federação
Espírita Portuguesa. Desencarna em 1948, no dia 2 de março, em Lisboa, Portugal.
Dia 02 de 2006
Em Curitiba, Paraná, no Canal 6 - CNT e em Londrina, Paraná, no Canal 7 -
Londrina, Paraná, estreou o Programa Televisivo Vida e Valores, com 15 minutos
de duração.
Dia 04 de 1336
Em Estremoz, Portugal, desencarna a Rainha de Portugal Santa Isabel, conhecida
por sua dedicação à caridade. Nascida em Espanha, em 1271.
Dia 04 de 1814
No México, nasce o General Refugio I Gonzáles, tradutor das obras de Allan
Kardec para o espanhol, dirigindo por mais de 10 anos a Revista Ilustración
Espírita. Desencarna em Acapulco, México, em 16 de agosto de 1892.
Dia 04 de 1948
Desencarna, em Taubaté, SP, José Bento Monteiro Lobato. Nascido, na mesma
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Dia 04 de 1966
É criado, no Brasil, o Dia da Caridade, pela Lei 5063.
Dia 05 de 1849
Em Embleton, Inglaterra, nasce o jornalista, editor e médium William Thomas
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Dia 05 de 1875
Nasce, em Bristol, Inglaterra, Ernest W. Oaten, pioneiro espírita, companheiro
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