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Se estivéssemos na época do profeta Moisés, ainda teríamos desculpas. Mas como estamos no século XXI, às voltas com a mentalidade humana bastante amadurecida – pelo menos do ponto de vista intelectual -, onde há uma busca pelo bom senso e pela lógica na análise dos fatos, aceitar a figura incoerente do chamado Diabo ou Satanás, é no mínimo um cômodo argumento para tentar explicar certos fatos.
Quando dizemos que determinada pessoa perdeu-se nas atitudes, cometeu crimes ou entregou-se numa vida de vícios, alega-se que foi “tentado pelo Satanás”. Para tentar dar destinação aos seres humanos que diariamente partem pelo fenômeno biológico da morte, foram criadas as expressões “céu” e “inferno”. Neste último local, supostamente liderado pelo Diabo, as almas “ardem no fogo eterno”.
Ora, não é mais fácil e coerente – considerando-se que aceitamos a existência de Deus (um Pai bom, extremamente justo e misericordioso, como O apresentou Jesus) –, raciocinarmos que céu e inferno são estados conscienciais? E também pensarmos que ao invés de uma destinação definitiva para esses locais, estamos todos diante da responsabilidade dos próprios atos e com a possibilidade de alterarmos o próprio destino, através da correção do comportamento e reparação do mal eventualmente praticado?
Apresentar o argumento de uma destinação definitiva após uma única existência, com aspectos tão variados para todos os filhos de Deus neste planeta, é argumento cômodo para tentar explicar o futuro. Porém, isso é somente aceitável em tempos onde a inteligência ainda era obtusa. Atualmente, com as conquistas filosóficas e intelectuais, somos levados a raciocinar melhor e considerar que é impossível decidir o futuro numa única existência. Daí a multiplicidade de existências como oportunidade de construção da própria felicidade. E como fonte de justiça integral para todos.
Também a figura do diabo ou satanás, é algo absolutamente incoerente com um Pai que quer a felicidade de seus filhos. Também é argumento cômodo para tentar frear as más tendências morais. Sem ilusões, podemos dizer que a correção das más tendências é tarefa lenta e concernente a cada indivudualidade, cujo comportamento determinará a paz ou a agonia no futuro.
Já não somos mais crianças para aceitar estorinhas que colocam medo na consciência. Todos já somos bem adultos para entender que somos responsáveis pelos próprios atos. Por isso, não tenha medo. Diabo é apenas uma figura lendária e inexistente, pois se existisse estaria contrariando a bondade e justiça do Criador.


Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site


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