A+ | A- | Imprimir | Ouça a MSG | Ant | Post

– A senhora julga que devemos procurar a conciliação com qualquer espécie de inimigos?

– Sim – respondeu a interpelada sem hesitar.

– E quando os adversários são de tal modo inconvenientes que a simples aproximação deles nos causa angústia?

Antonina compreendeu que algo doloroso vinha à tona daquela consciência que lhe ouvira a dissertação, ocultando-se, e obtemperou:

– Entendo que há sofrimentos morais quase intoleráveis, entretanto a oração é o remédio eficaz de nossas moléstias íntimas. Se temos a infelicidade de possuir inimigos, cuja presença nos perturba, é importante recorrer à prece, rogando a Deus nos conceda forças para que o desequilíbrio desapareça, porque então um caminho de reajuste surgirá para nossa alma. Todos necessitamos da alheia tolerância em determinados aspectos de nossa vida.

Os olhos de Mário cintilaram.

– E quando o ódio nos avassala, ainda mesmo quando não desejemos? – inquiriu, preocupado.

– Não há ódio que resista aos dissolventes da compreensão e da boa vontade. Quem procura conhecer a si mesmo, desculpa facilmente...

Silva empalidecera.

Antonina percebeu que o tema lhe fustigava o coração e, amparada por nosso instrutor que a enlaçava, paternal, rematou considerando:

– Um homem, porém, na sua tarefa, é um missionário do amor fraterno. Quem socorre os doentes, penetra a natureza humana e entra na posse da grande compaixão. As mãos que curam não podem ferir...


Trecho do livro: Entre a Terra e o Céu, capítulo 31.


Por: André Luiz, Do livro: Entre a Terra e o Céu. Médium: Francisco Cândido Xavier


Leia Também:

Mensagens e Ensinamentos: por André Luiz
Trabalho e Perdão: por Chiquito de Moraes
A Lição do Perdão: por Momento Espírita
Em Todos Nós: por Emmanuel
Quem Tem Condições: por Momento Espírita

Avalie Esssa MSG

0 Voto(s) 0 Voto(s)

Comentários