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Erguia-se, ditoso, o tronco peregrino,
Amava a passarada, o vale, o vento!...
Um dia, geme e tomba ao machado violento...
Alguém surge e faz dele emérito violino.

Ninguém Lhe viu no bosque o trágico destino,
Hoje, porém, alheio ao próprio sofrimento,
Comove multidões... E segue, humilde e atento,
O Artista que Lhe tange o arcabouço Divino.

Oh! Coração, se o mal Te fere, pisa, corta
E Te lança por terra a vida semimorta,
Lembra o lenho harmonioso, intérprete profundo!

Entrega-Te a Jesus e Jesus há de usar-Te
A transfudir-se a dor em Luz, por toda a parte,
Enxugando Contigo as lágrimas do Mundo!...


Por: Arthur de Salles, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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