O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
A Confiança em Deus
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Muitas vezes, nos deixamos invadir por sentimentos de desalento. Pensamos que
não somos capazes de realizar ações no caminho do bem e colaborar com nosso
semelhante.
Acreditamos não merecer a confiança de Deus.
Afinal, não temos virtudes suficientes para contribuir na grande obra de
reformulação do mundo.
Quando esses pensamentos nos ocuparem a mente, paremos por alguns instantes e
reflitamos.
Será que tudo que ocorre em nossas vidas não está relacionado com a confiança do
Pai Eterno em nós?
Vejamos: é porque Deus confia em nós, que nos entrega uma família para cuidar.
Alguns nos tornamos pais e mães. Outros, sem filhos da própria carne, albergamos
na alma sobrinhos, afilhados, ou apenas conhecidos, que educamos para a vida.
E é justamente, no devotamento a essas criaturas, que nos são confiadas por
Deus, que aprimoramos nossos sentimentos, que cultivamos amor e respeito, que
exercitamos a renúncia, a paciência, a colaboração.
Afinal, é para aqueles que temos sob nossos cuidados que estão direcionadas as
nossas primeiras preocupações.
Identificamos a confiança de Deus em nós ao nos possibilitar desenvolver
tarefas, servindo-nos da nossa inteligência.
Por contar conosco, com nosso espírito de responsabilidade, é que Ele nos
permite empreender atividades que poderão influenciar muitas pessoas para o
caminho do progresso.
Por confiar em nós, Seus filhos, nos delega a tarefa de nos tornarmos auxiliares
na melhoria do planeta.
Também por isso nos concede o livre-arbítrio.
Graças a essa opção de escolha, elegemos nosso caminho e vamos nos sentindo
felizes, à medida que colhemos os frutos da nossa boa semeadura.
É porque Deus tem a certeza de que podemos exercitar o discernimento, que nos
permite o desenvolvimento de competências, de habilidades, com as quais podemos
melhorar, instruir e elevar a nossa e a vida de nossos irmãos.
Deus confia em nós, em cada um de nós, tenhamos certeza disso.
Toda possibilidade da criatura, na edificação do bem, é concessão do Criador.
Dessa forma, como o Pai tem tanta confiança em nós, de igual forma tenhamos
confiança nEle.
Tenhamos a certeza da Sua presença em nossas vidas. Saibamos reconhecer as
infinitas bênçãos que Ele nos concede.
E nos sintamos gratos por podermos colaborar na Sua divina obra.
Não somos criadores da vida, mas somos honrados com a chance de sermos
co-criadores com Ele.
Não somos os que podem atuar sobre o sol, a chuva e os ventos, mas podemos ser
os que auxiliam no cultivo das mudas e no crescimento das lavouras.
Não somos os que podem determinar a manutenção da saúde das criaturas, mas
podemos ser os que contribuem para lhes manter o bem-estar físico e emocional.
Não podemos definir a permanência dos seres humanos por mais anos, neste
planeta, o que somente compete ao Ser Supremo.
Mas, podemos, como seres diligentes, contribuir para a redução da desnutrição,
da fome dos nossos irmãos e lhes estender a mão, dizendo: Prossigamos.
Filhos de Deus. Detentores da Sua confiança. Vivamos e sirvamos ao bem.
Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, com base no cap. 11, do livro Coragem, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. CEC. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6614&stat=0
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