Ensinar, por Espíritos Diversos
Nem Só de Pão...
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Panis et circences!... Propunham os governos passados, numa tremenda ironia
em relação ao proletariado, às massas sofredoras, como a demonstrar que isso
lhes bastava: Pão e diversão!
De tal forma a Humanidade acostumou-se com a conduta refrão, que chegou ao
cúmulo de pensar-se apenas na diversão e faltar o pão.
São incontáveis os esfaimados do pão diário que estorcegam na miséria,
alimentando-se de barro modelando bolachas e outros alimentos, isto, quando
encontram água para plasmar cruelmente algo para iludir o estômago e
destroçá-lo.
A diversão do circo imenso em que se transformaram as cidades poderosas viceja
até mesmo sob o amparo da tecnologia que ilude os esfaimados, que se envenenam
ante a indiferença dos abastados.
Merece, no entanto, constatar, que também estes que são responsáveis pelo
infortúnio de centenas de milhões de destroçados, somente na aparência estão
fartos do pão amassado nas lágrimas e cozido na ardência das dores dos que são
consumidos. Eles têm fome de paz, de amor, de confiança no futuro, de
autossegurança...
Vivem temerosos e fogem para a drogadição, as extravagâncias de toda ordem,
inclusive aos prazeres sexuais, em que se exibem em conquistas mentirosas e
ilusórias.
Alimentam-se dos festivos pomares da miséria socioeconômica, filha daquela
impiedosa sociomoral.
Coisificados pelo poder político e cultural enganosos, enxameiam nos antros
escusos da sociedade e competem com aqueloutros que também estorcegam nos
palácios e clubes onde chafurdam nos mesmos leitos de inquietação e
descontrolada loucura.
Vivem, esses gozadores equivocados, no luxo exagerado, surdos aos lamentos dos
mutilados pela vida que desfrutam esses poderosos infelizes, cercados de
bajulação e aplauso, daqueles que os crucificarão na primeira oportunidade,
porque não são amados, mas acarinhados pelos que lhes colhem as migalhas que
caem da mesa farta da aparência.
Não foi por outra razão que Jesus enunciou que nem só de pão vive a criatura
humana, mas também da graça de Deus, que é o verdadeiro pão da vida.
Nestes belos dias de grandezas e terríveis de transtornos e infelicidades,
periodicamente têm lugar as epidemias, que nascem nas mentes perversas dos maus
e indiferentes, sempre ameaçando de extinção a vida...
Na atualidade, as poderosas como as pequenas nações estremecem ante a presença
do coronavírus, invisível a olho nu, que aniquila os que têm pão em abundância e
aqueles que os não possuem, mas alimentam-se da Verdade, que é o pão da vida.
Há tempo ainda de cada um de nós nutrir-se do amor e da caridade, a fim de
superarmos a loucura de somente alimentarmo-nos do pão, que não mata a fome de
paz nem dignifica.
Por: Divaldo Franco, Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 6.2.2020. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=613
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