
Cooperação Encadeada, por Batuira
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Reunidos os componentes habituais do grupo doméstico, o Senhor, de olhos
melancólicos e lúcidos, surpreendendo, talvez, alguma nota de oculta revolta no
coração dos ouvintes, falou, sublime:
— Amados, quem procura o Sol do Reino Divino há de armar-se de amor para vencer
na grande batalha da luz contra as trevas. E para armazenar o amor no coração é
indispensável ampliar as fontes da piedade.
Compadeçamo-nos dos príncipes; quem se eleva muito alto, sem apoio seguro, pode
experimentar a queda em desfiladeiros tenebrosos.
Ajudemos aos escravos; quem se encontra nos espinheiros do vale pode perder-se
na inconformação, antes de subir a montanha redentora.
Auxiliemos a criança; a erva tenra pode ser crestada, antes do sol do meio-dia.
Amparemos o velhinho; nem sempre a noite aparece abençoada de estrelas.
Estendamos mãos fraternas ao criminoso da estrada; o remorso é um vulcão
devastador.
Ajudemos aquele que nos parece irrepreensível; há uma justiça infalível, acima
dos círculos humanos, e nem sempre quem morre santificado aos olhos das
criaturas surge santificado no Céu.
Amparemos quem ensina; os mestres são torturados pelas próprias lições que
transmitem aos outros.
Socorramos aquele que aprende; o discípulo que estuda sem proveito, adquire
pesada responsabilidade diante do Eterno.
Fortaleçamos quem é bom; na Terra, a ameaça do desânimo paira sobre todos.
Ajudemos o mau; o espírito endurecido pode fazer-se perverso.
Lembremo-nos dos aflitos, abraçando-os, fraternalmente; a dor, quando
incompreendida, transforma-se em fogueira de angústia.
Auxiliemos as pessoas felizes; a tempestade costuma surpreender com a morte os
viajores desavisados.
A saúde reclama cooperação para não arruinar-se.
A enfermidade precisa remédio para extinguir-se.
A administração pede socorro para não desmandar-se.
A obediência exige concurso amigo para subtrair-se ao desespero.
Enquanto o Reino do Senhor não brilhar no coração e na consciência das
criaturas, a Terra será uma escola para os bons, um purgatório'>purgatório para os maus e um
hospital doloroso para os doentes de toda sorte.
Sem a lâmpada acesa da compaixão fraternal, é impossível atender à Vontade
Divina.
O primeiro passo da perfeição é o entendimento com o auxílio justo...
Interrompeu-se o Mestre, ante os companheiros emudecidos.
E porque os ouvintes se conservassem calados, de olhos marejados de pranto, Ele
voltou à palavra, em prece, e suplicou ao Pai luz e socorro, paz e
esclarecimento para ricos e pobres, senhores e escravos, sábios e ignorantes,
bons e maus, grandes e pequenos...
Quando terminou a rogativa, as brisas do lago se agitaram, harmoniosas e
brandas, como se a Natureza as colocasse em movimento na direção do Céu para
conduzirem a súplica de Jesus ao Trono do Pai, além das estrelas...
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