Ensinar, por Espíritos Diversos
Espíritas no Evangelho
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Comenta o Evangelho, nas tarefas doutrinárias do Espiritismo, entretanto,
diligencia exumar as sementes divinas da verdade, encerradas no cárcere das
teologias humanas, para que produzam os frutos da vida eterna no solo da
alma.
Exalta a gloria de Cristo, mas elucida que ele não transitou, nos caminhos
humanos, usufruindo facilidades e sim atendendo aos desígnios de Deus, nas
disciplinas de humilde servidor.
Refere-te, mas explica que o céu é o espaço infinito, em suja vastidão
milhões de mudos obedecem às leis que lhes foram traçadas, a fim de que se
erijam em lares e escolas das criaturas mergulhadas na evolução.
Menciona os anjos, mas esclarece que eles não são inteligências
privilegiadas no Universo e sem espíritos que adquiriram a sabedoria e a
sublimação, à custa de suor e preço de lágrimas.
Reporta-te à redenção, mas observa que a bondade não exclui a justiça e que
o espírito culpado é constrangido ao resgate de si próprio, através da
reencarnação, tantas vezes quantas sejam necessárias, porquanto, à frente da
Lei, cada consciência deve a si mesma a sombra da derrota ou o clarão do
triunfo.
Cita profetas e profecias, fenômenos e influências, mas analisa os temas da
mediunidade, auxiliando o entendimento comum, no intercâmbio entre
encarnados e desencarnados, e ofertando adequados remédios aos problemas da
obsessão.
Salienta os benefícios da fé, mas demonstra que a oração sem as boas obras
assemelha-se à dolosa atitude nos negócios da alma, de vez que se a prece
nos clareia o lugar de trabalho, é preciso apagar o mal para que o mal nos
esqueça e fazer o bem para que o bem nos procure.
Define a excelência da virtude, mas informa que o crédito moral não é obtido
em deserção da luta que nos cabe travar com as tentações acalentadas por nós
mesmos, a fim de que a nossa confiança nas Esferas Superiores não seja pura
ingenuidade, à distância da experiência.
Expõe o Evangelho, mas não faças dele instrumento de hipnose destrutiva das
energias espirituais daqueles que te escutem.
Mostra que Jesus não lhe plasmou a grandeza operando sem amor e sem dor, e
nem distraias a atenção dos semelhantes, encobrindo-lhes a responsabilidade
de pensar e servir, que a Boa Nova nos traça a todos, de maneira indistinta.
O Espiritismo te apóia o raciocínio para que lhe reveles a luz criadora e a
alegria contagiante, auxiliando-te a despertar os ouvintes da verdade na
compreensão do sofrimento e na felicidade do dever, nos tesouros do bem e
nas vitórias da educação.
Por: Emmanuel, Do Livro: Opinião Espírita, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
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