Ensinar, por Espíritos Diversos
A Vida
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A vida surpeende-nos a todos através do veículo da morte, que nos convida a
outra dimensão de pensamento e vida, quando a consciência, livre dos impositivos
cerebrais, desperta in totum para a compreensão do ser que somos. Felizes,
portanto, aqueles que, diante da verdade, não procuram mecanismo escapistas nem
formulações paliativas, mediante os quais fogem do enfrentamento com o dever,
procurando a reabilitação que se faz indispensável. Ninguém, todavia, foge de si
mesmo.
Não é necessário prestar-se a satisfação aos outros, a respeito dos atos, nobres
ou horrendos, porque o problema é interno, pessoal, intransferível. E graças a
essa conduta dúplice - a interior, que é legítima, e a externa, que se apresenta
como convencional, a da aparência - que incontáveis indivíduos derrapam nos
transtornos neuróticos da depressão e de mais graves injunções psicóticas,
exatamente por desejarem impedir o reflexo dos atos monstruosos que lhes
constituem o caráter real.
Indiscutivelmente são bem aventurados aqueles que se encontram no eito das
aflições transitórias, porque se lapidam para futuras experiências, resgatam as
promissórias em débito, preparando-se para as inefáveis alegrias existenciais e
espirituais.
As aquisições de sabor moral e espiritual, como a paz de espírito, que decorre
da consciência responsável, aquela que resulta de pensamentos saudáveis, de
palavras justas e de conduta correta, o enriquecimento interior mediante o
conhecimento e a prática do Bem, o serviço fraternal de misericórdia e de
socorro, aumentam os sentimentos de amor, de caridade e de iluminação interna.
O nosso único objetivo é proporcionar orientação para apressar a instalação do
reino de Deus entre os habitantes físicos da Terra, evitando que tombem nas
desgraças reais.
Nunca se poderá conhecer a dimensão do sofrimento sem que seja experimentado por
cada qual.
Por: Victor Hugo, Do livro: Os Diamantes Fatídicos, Médium: Divaldo Franco
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