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O sexo, no templo da vida, é um dos altares em que a divina luz do amor se manifesta.

A ele devemos, no mundo, a bênção do lar, a ternura das mães, os laços da consanguinidade, a coroa dos filhos, o prêmio da reencarnação, o retorno à lide santificante...

Através dele, a esperança ressurge em nossa alma e o trabalho se renova para nosso espírito, na esteira dos séculos, para que o tempo nos reajuste, em nome do Eterno Pai...

Fonte de água pura — não lhe viciemos o manancial.

Campo de renovação — respeitemo-lo.

Escada para o serviço edificante, usada na consagração do equilíbrio, conduzir-nos-á ao monte resplendente da sublimação espiritual — não a convertamos, pois, em corredor descendente para o abismo.

Dos abusos do sacrário em que o Senhor situou o ofício divino da gênese das formas, resultam para a Terra aflitivas paisagens de amargura e desencanto, desarmonia e pavor.

Rendamos culto a Deus, na veneração do jardim em que a nossa existência se refaz.

Se o amor nos pede sacrifício, saibamos renunciar construtivamente, transformando-nos em servidores fiéis do Supremo Bem. Se a obra do aperfeiçoamento moral nos impõe o jejum da alma, esperemos no futuro a felicidade legítima que brilhará, por fim, em nossas mãos.

A Lei segue-nos, passo a passo.

Não nos esqueçamos.

Em qualquer circunstância, recordemos que o sexo é um altar criado pelo Senhor no templo imenso da vida.

Santificá-lo é santificar-se.

Conspurcá-lo será perdermo-nos no espaço e no tempo, descendo a escuros precipícios da morte, dos quais somente nos reergueremos pelos braços espinhosos da dor.


Por: Emmanuel, Do livro: Mãe, Médium: Francisco Cândido Xavier


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EMMANUELSEXO, DOR.

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