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Ele é o responsável pela corrupção. Também responde pela manipulação de bastidores, pelo desrespeito aos direitos alheios, pela indiferença com as dificuldades alheias e apresenta-se como poderoso obstáculo à construção da paz. Na verdade busca apenas os próprios interesses, pouco se importa com as conseqüências dos atos que pratica, ainda que prejudique terceiros, e impede a vivência da mais alta demonstração de virtudes.

Você já descobriu leitor? É um grande vilão. Está presente em todos nós, no atual estágio em que nos encontramos. Precisa ser combatido, pois somente do lado oposto é que se construirá a paz que tanto declaramos necessitar.

Por outro lado, não está totalmente ausente do mundo. Temos exemplos famosos em Madre Tereza de Calcutá, em Irmã Dulce, em João Paulo II ou Chico Xavier; também está presente em vultos anônimos no cotidiano diário da vida, em bairros, cidades ou em quarteirões de nossas cidades, equilibrando o relacionamento e enriquecendo a condição humana. Felizmente.
Em nós, os que ainda estamos aprendendo a viver, ele requer vigilância e combate diário, pois quando cedemos ao seu império, sufocamos as virtudes que podemos usar para enriquecer os relacionamentos.

Sabe quem é esse personagem? É o interesse pessoal. O interesse pessoal desconsidera o interesse coletivo, despreza a dificuldade alheia e atropela tudo que vai contra seus objetivos. Ele é fruto direto do egoísmo, causa de todos os vícios e males da humanidade.

O mais meritório da virtude está exatamente no sacrifício do interesse pessoal, de vez que agindo com referido sacrifício, voltamos a atenção para a necessidade alheia e coletiva, usando, valorizando a aprimorando virtudes. Todas as virtudes têm seu mérito e elas existem quando há resistência ao arrastamento das más tendências. E as más tendências, normalmente, são resultantes do interesse pessoal. Portanto, sacrificá-lo significa esforço pela conquista de virtudes a bem do próximo que, em última análise, retorna para o próprio autor em forma de felicidade e saúde.


Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo autor para publicação em nosso site


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