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Contempla o campo agreste, enquanto o arado oprime
A terra maternal que exibe o seio em chaga...
Tudo é maldade ultriz na lamina que esmaga,
Tudo é benção de amor na vitima sublime.

Mas no solo que geme, inerme, sob a adaga,
Do arado que aparenta iniquidade e crime,
Surge a messe feliz que, em jubilo, se exprime,
Multiplicando o pão que nos sustenta e afaga.

Como a terra, é também o coração humano
Que sofre golpes mil de angustia e desengano
algemado ao paul da sombra que se adensa...

Mas, depois da aflição de obscuro destino,
Em si mesmo produz o excelso dom divino
De brilhar e servir na Eterna Recompensa.


Por: Amaral Ornelas, Do livro: Notícias do Além, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos


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