Ensinar, por Espíritos Diversos
Compreensão e Vida
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Pesquisemos os próprios sentimentos e verificaremos quão difícil se nos faz a
renovação íntima.
Quantas vezes, no mundo, teremos sentido a inconveniência de certos hábitos com
manifesta incapacidade para desvencilhar-nos deles?
Em quantas ocasiões, sabíamos previamente quanto nos doeriam as conseqüências de
determinada ação infeliz e a ela nos atiramos para nosso próprio sofrimento?
Referimo-nos ao assunto para destacar o impositivo da tolerância.
Ante os irmãos que te pareçam afastados do caminho que que a vida lhes marcou,
não lhes condenes a trajetória.
Ao invés disso, auxilia-os, através da providência que lhes consiga aliviar a
carga das obrigações assumidas e com a boa palavra que lhes desanuvie o espírito
atribulado.
Esse erra sob a pressão das necessidades de ordem material; aquele cedeu à
tentações que se lhe figuravam irremovíveis; outro penetrou nos labirintos da
culpa, acreditando-se sob graves constrangimentos no campo doméstico; e ainda
outro conhecia a extensão do problema em que se emaranhava, entretanto, de
momento, não encontrou forças, em si próprio, a fim de livrar-se dele.
Ampara-os, quanto possas.
Não será com aspereza que lhes resseguraremos a tranqüilidade, tanto quanto não
será espancando uma ferida que lhe conseguiremos a cura.
O remédio destinado à recuperação do corpo é o símbolo do amor com que nos será
possível reajustar a harmonia da alma doente.
O medicamento age, dose a dose.
O amor opera, gesto a gesto.
Diante dos companheiros de experiência na Terra, estende-lhes a beneficência da
compreensão que lhes reerga o entendimento na estrada que lhes cabe trilhar.
Se não conseguimos, de imediato, fazer de nós aquilo que mais desejamos e se,
muitas vezes, no Plano Físico, escapamos das piores situações, a preço de
lágrimas, não será justo exigir dos outros uma condição diferente da nossa.
À frente do irmão, considerado em desvalimento, em vista desse ou daquele erro
por ele cometido, compadece-te e auxilia-o para que se retome no equilíbrio
próprio, por quanto, habitualmente, onde o próximo terá surpreendido a pedra de
alguma dificuldade poderá, talvez, transformar-se no grande obstáculo que nos
fará cair amanhã.
Por: Emmanuel, Do livro: Atenção, Médium: Francisco Cândido Xavier
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