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Suspeita é a "crença desfavorável, acompanhada de desconfiança" , referente a alguma coisa ou a alguém. Mau juízo decorrente de idéia
vaga, sem apoio legítimo, que, no entanto, se transforma em urze calamitosa, espraiando-se no campo mental e culminando por asfixiar os
nobres ideais em que se devem sustentar as aspirações humanas.

De maleável contextura, a suspeita, semelhante ao miasma sutil, se adensa e se avoluma, logrando vencer quem a cultiva.

Normalmente, reflete o estado espiritual daquele que a agasalha.

A consciência reta não lhe dá guarida, enquanto o sentimento atormentado padece-lhe a constrição, o estigma.

Necessário cercear-lhe o avanço, porquanto, de fácil aceitação corrói as melhores estruturas, conseguindo exteriorizar- se em
maledicência vinagrosa, que numa frase decepa uma existência digna e, num sorriso de mofa, ceifa as mais elevadas expressões de jovialidade e de progresso.

A suspeita é a genitora do ciúme, que dela se nutre, passando de simples idéia leviana a obsessão tormentosa, geradora de alucinação
e impulsionadora de crimes.

Ninguém está imune à suspeita do próximo.

Cada um vê uma paisagem conforme a cor das lentes que tem sobre os olhos. Assim, muitos fatos parecem o que melhor convém aos espectadores ou às suas personagens.

Coarctado pela insidiosa suspeita dos levianos e maliciosos, não sintonizes os teus com os seus pensamentos enfermos.

Insiste na perseverança das realizações a que te vinculas, sem permitir-te diminuir a intensidade que lhe conferes.

Muitas vezes o que parece ser, verdadeiramente tem outra significação, que não pode ser apreendida de relance. Mesmo em acurada
observação, fatos e coisas se expressam mais de acordo com o observador do que com a sua própria estrutura.

Abre, assim, o espírito à tranqüilidade e não estaciones nos degraus da mágoa que a suspeita dos outros coloca à tua frente, nem
te facultes a leviandade de suspeitar de ninguém.

Quem erra, faz-se escravo do gravame que comete.

O culpado, embora se disfarce, conhece a face do engano ou do crime perpetrado.

Ninguém se evade da província da consciência culpada, antes de conseguiu o ônus da auto-recuperação.

Não poucas vezes, no Colégio Galileu, quando medravam suspeitas e maledicências, o Mestre Irrepreensível conclamou ao amor integral e
à confiança ilimitada.

Por essa razão, toda a mensagem da Boa Nova está estruturada no perdão e na humildade, com que o cristão deve pavimentar o caminho
da sua ascensão espiritual.

E apesar de seguir sob a perniciosa suspeita de quase todos que O cercavam, Jesus permaneceu integérrimo, edificando o Reino de Deus, até mesmo quando traído e sacrificado, atestando do alto da Cruz ser o símbolo perene da suprema vitória do Espírito ilibado, como
estímulo para os caminhantes da retaguarda, que somos todos nós.

Guarda-te, portanto, na paz, sem suspeitar de ninguém.


Por: Joanna de Ângelis, Do livro: Celeiro de Bênçãos, Médium: Divaldo Pereira Franco, Editora LEAL


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