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Louvemos a administração terrestre que atualmente humaniza o trabalho, despojando-os das velhas características de cativeiro e degradação moral, todavia, não nos descuidemos da responsabilidade de honrá-lo, conscientemente, com as nossa melhores forças.

Muitos se valem da benignidade dos textos legais para favorecerem a maldade que lhes é própria e transformar feriados em explosões de loucura, quando não convertem a complacência da lei em afrontosa indisciplina.

Atendamos não somente aos deveres do horário justo nas instituições de serviço a que emprestamos nossa cooperação, mas, recordemos o tempo nosso que podemos empregar largamente em benefício dos semelhantes.

Muita gente aguarda ingresso no paraíso, olvidando que o Céu pode ser construído para o homem na Terra mesmo.

E, nas manisfestações da imóvel e improdutiva, pede socorro ao Cristo incansável e operante, mantendo-se em preguiçosa inutilidade, quando, com mais esforço poderia comungar o clima do próprio Jesus, no trabalho e na realização incessantes...

Não te confies, desse modo, à expectação ociosa, clamando pela bondade do Senhor e esquecendo que o Senhor está vivo e diligente, junto de ti.

Une-te a Ele através da ação constante no bem, na certeza de que o mundo vive à espera de nosso coração e de nossos braços para aperfeiçoar-se e luzir, na segurança de nossa própria felicidade.

Não te detenhas, invigilante , entregando à ferrugem do comodismo a enxada preciosa da existência.

Repara que a Terra te pede as mãos devotadas e não descanses a esmo...

Aqui é a criança abandonada que te roga socorro, acolá é o doente clamando por assistência e carinho...

Na via pública é o companheiro anônimo suplicando concurso amigo, em casa é o parente difícil que te reclama entendimento e cooperação...

Não te acredites exonerado da obrigação de auxiliar, quando milhares de vidas se colocam na base de tua sustentação cada dia.

E, superando as sugestões do falso repouso e da fadiga imaginária, aprenderás a servir infatigavelmente, até que a luz do teu coração de servidor se confunda na bênção imarcescível de Deus.


Por: Emmanuel, Do livro: Refúgio, Médium: Francisco Cândido Xavier


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